Questões ligadas a nome social, identidade de gênero e orientação sexual são tema de evento no Dia Internacional da Visibilidade Transgênero em Jaraguá do Sul

EXTENSÃO Data de Publicação: 31 mar 2023 16:24 Data de Atualização: 31 mar 2023 16:51

Por que algumas pessoas preferem ser chamadas por um nome diferente do nome civil? Qual a diferença entre identidade de gênero e orientação sexual? Os banheiros masculino e feminino atendem a todas as pessoas? Esses foram alguns dos assuntos abordados na palestra “Construindo Sociedade: o debate da pluralidade”, realizada na manhã desta sexta-feira (31) no auditório do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro para marcar o Dia Internacional da Visibilidade Transgênero.

A atividade foi ministrada pela jaraguaense ativista de direitos humanos e mulher trans Mariana Franco. “Tem assuntos que ainda são tratados como tabu, mas afetam tanto a saúde mental quanto a saúde fisiológica das pessoas. Precisamos debater e conhecer melhor a realidade da sociedade em que vivemos”, destaca.

Para a palestrante, é preciso se perguntar, por exemplo, o motivo pelo qual a maior parte de nós convive com pouquíssimas pessoas trans. “Observem no ambiente em que vivem, no trabalho, nas lojas, no restaurante, no seu círculo de amizades: por que quase não vemos pessoas trans? Por que são tão poucas pessoas negras? Por que os homens raramente têm amizade com mulheres? É preciso estar atento e refletir”, aponta Mariana.

Após a palestra, os estudantes e membros da comunidade externa que participavam do evento puderam tirar dúvidas. A maioria das perguntas recaiu sobre a utilização do nome social ou trouxe relatos de violência de gênero vivenciada ou presenciada pelos participantes. “E qual foi sua postura quando você viu seu amigo ou sua amiga ser humilhado ou sofrer esse tipo de violência? Não podemos aceitar a discriminação, é fundamental tratar com respeito todas as pessoas”, defende.

Extensão

A atividade realizada na manhã desta sexta-feira foi organizada por um grupo de estudantes e servidores do IFSC ligados ao projeto de extensão “Direitos Humanos em Rede”. Segundo a coordenadora, Mariana Guerino, a ação está integrada às demais iniciativas do projeto e teve o objetivo de abrir mais um espaço de diálogo com a comunidade sobre a diversidade e a realidade vivida pelas pessoas LGBTQIAP+.

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