Magic Island Robotics Team traz mais distinções para o Câmpus

ENSINO Data de Publicação: 30 mar 2023 11:21 Data de Atualização: 14 abr 2023 20:32

Cerca de 2000 alunos, divididos em 44 equipes, sendo 41 do Brasil e três internacionais participaram de 15 a 18 de março da etapa nacional do First Robotics Competition. O grupo de robótica do Câmpus Florianópolis, a Magic Island Robotics Team (RFC 5800), ficou classificado entre os 10 melhores da competição, que nessa edição teve energia como tema. “Foi nossa melhor colocação em uma competição oficial! Fomos escolhidos por uma aliança e chegamos na semifinal. Ou seja, nossa aliança ficou em terceiro lugar na competição. Quanto ao ranking específico da nossa equipe nas partidas qualificatórias, ficamos em 13º”, ressalta a aluna e integrante da Magic, Carolina Martins Pedro.

Os estudantes de escolas públicas ou privadas, com idades entre 9 e 18 anos, competiram na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília, onde seus robôs participaram de batalhas (jogos) de atividades, desempenhando funções específicas como transportar, empilhar, e acomodar cones e caixas, conforme determinado pelas provas seletivas.  

Carol conta que no primeiro sábado de todo ano as equipes recebem um desafio por meio de uma conferência mundial. “Este desafio muda todos os anos, e de maneira geral consiste em um jogo, onde em uma partida de 2min30s, a aliança que mais pontuar ganha a partida. Cada partida é disputada entre duas alianças (azul e vermelha) com 3 equipes cada, sendo que o robô age de modo automático por 15s, ou seja, usando apenas rotinas programadas, e é controlado durante 2min15”, revela. 

O desafio deste ano conta com duas peças principais de jogo: cone e cubo. Estas peças tinham de ser coletadas pelo robô e posicionadas em lugares específicos da arena. “Vale lembrar que não temos um manual de como montar o robô ou do que o robô deve fazer. Cada equipe decide isso de acordo com a sua estratégia, pensando em todos os processos de engenharia, programação e organização que devem ser adotados para tornar real a ideia que a equipe pensou para o robô”, explica Carol. 

Segundo ela, nesta edição, o robô da FRC 5800 teve de coletar cones e cubos e posicioná-los em todos os lugares da arena. Além disso, ele possui uma programação autônoma para equilibrar em uma "gangorra" no meio da arena, o que garantiu mais pontos para a aliança. “A dinâmica da competição funciona em duas principais etapas: classificatórias e eliminatórias. Nas qualificatórias, as alianças para as partidas são formadas por meio de sorteio. Conforme as partidas vão acontecendo, vai se formando um ranking geral com a classificação das equipes. Após acabar as partidas qualificatórias, as oito equipes melhores classificadas escolhem suas aliadas, e com isso, começam as partidas eliminatórias que decidem quem será a aliança vencedora da competição”, relata.

O professor Adriano Vitor, que acompanhou o grupo até Brasília, a competição acontece através de alianças entre robôs. “Cada aliança reúne três robôs de equipes diferentes. Assim, a competição é focada na cooperação entre os grupos, já que no decorrer dos jogos, uma outra equipe pode ser sua parceira”, destaca ele. “Essa competição tem fins educacionais, com objetivo de disseminar a ciência e tecnologia em jovens do Ensino Médio. Entrei no IFSC no curso de Saneamento, e entrei na equipe sem conhecimento prévio nenhum. Entrei na equipe na área de programação, não sabia nada de programação e nesse tempo que estou na equipe, me desenvolvi

A equipe do Câmpus Florianópolis foi criada em 2015, e a semelhança do seu robô com um Tubarão Martelo lhe rendeu o nome “carinhoso” de Marcelo. A Magical Island já conquistou 10 prêmios em sete anos de competições. 

Destaque

E, essa edição da FRC, outra distinção foi concedida à equipe do Câmpus. A estudante da sétima fase do curso Técnico Integrado em Eletrônica, Helena Scussel Rosa, recebeu o prêmio internacional de aluna destaque. Ele é dado para o aluno que melhor representa os valores da competição, como liderança, comunicação, proatividade e impacto na comunidade. A distinção garantiu a ela ir no Mundial (etapa internacional) em Houston, no próximo mês, quando disputam as maiores equipes do mundo. Lá, Helena, irá disputar pelo prêmio de vencedor do Dean's List com outros alunos finalistas do mundo todo, selecionados em outras competições. “Como no Brasil só há uma competição dessas, estarei representando o país também!”, diz a estudante.  

“Receber esse prêmio foi uma maravilhosa gratificação e honra, algo que eu possa olhar para trás e ter ainda mais orgulho da minha trajetória de quase 2 anos na FRC5800, mesmo considerando todas as dificuldades, derrotas e frustrações, e ver como isso me deixou mais forte e preparada para um pós ensino médio. Saber que sou modelo para outros alunos torna a experiência de participar das competições mais significativa, mostrando que definitivamente não é só sobre robôs”, destaca ela. 

Helena revela que já brincava com robótica e programação desde pequena. “Sempre gostei pelas inúmeras possibilidades de exercitar criatividade e resolução de problemas. Já montava robôs com kits LEGO com uns 9 anos. Comecei com programação de jogos com uns 8 anos também, e assim fui evoluindo para programar robôs industriais. Foi um processo de aprendizado de 10 anos. Pilotar robôs é mais recente! Tive a primeira oportunidade de pilotar um robô da FRC5800 em 2022, numa competição no Rio de Janeiro. Para mim, ser um bom piloto na FRC é, além de agilidade, sinônimo de pensar rápido - tudo pode acontecer em uma partida”, ressalta e prossegue: “mas o que faz dessa posição tão boa é que nunca é somente pilotar. Para nosso robô se sair bem, o piloto precisa participar das estratégias de partida com outras equipes, entender os robôs adversários - bem como o comportamento de seus respectivos pilotos e se comunicar a todo momento com o copiloto e mentor da equipe. É um trabalho conjunto”.

Segundo Helena, a robótica proporcionou sua certeza do caminho das exatas e TI que quer seguir. “Além desse aspecto profissional, participar da equipe ensina confiança, colaboração e comunicação, coisas essenciais no mercado de trabalho nesses dias. Recomendo a 5800 para qualquer um com interesse em tecnologia, competição e que queira viver a melhor experiência do seu ensino médio”, finaliza.

Premiações da Magic Island

Rookie All Start Award 2016: melhor equipe iniciante 
Inspiration Award 2016
Team Spirit Award 2019 (Canadá, Quebec): prêmio que mais representa o espírito de equipe
Deans List Award 2019 (Canadá, Quebec): prêmio dado para o aluno destaque da competição
Finalistas Off Season Novo Hamburgo 2019: finalistas em uma competição não oficial organizada por equipes do RS
In Honor of Jack Kamen 2021 (Online): no ano de 2021 o desafio foi online. A equipe fez com a temática da Amazônia e recebeu este prêmio
Woodie Flowers Award 2022 (Las Vegas): prêmio dado para um mentor destaque na competição
Deans List Award 2022 (Las Vegas):  prêmio dado para o aluno destaque da competição
Finalistas Off Season Rio de Janeiro 2022: finalistas de uma competição não oficial organizada pelo Sesi 
Deans List Award 2023 (Brasília):  prêmio dado para o aluno destaque da competição

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