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Intercambista desenvolve projeto inovador na Alemanha

ENSINO Data de Publicação: 05 out 2014 21:00 Data de Atualização: 06 fev 2018 14:45

 

O servidor do IFSC e aluno do curso de especialização em Desenvolvimento de Produtos Eletrônicos do Câmpus Florianópolis, Farleir Luís Minozzo, desenvolveu um projeto inovador durante seu intercâmbio de seis meses na  Universidade de Ciências Aplicadas de Neubrandenburg, na Alemanha. Ele criou um protetor para produtos eletroeletrônicos com funções de economia de energia elétrica.

Farleir foi selecionado para participar do Programa de Cooperação Internacional para Intercâmbio de Estudantes do IFSC – Propicie. Ele conta que, geralmente, os alunos brasileiros associam-se a projetos em desenvolvimento nas universidades para as quais são encaminhados. Porém, no caso dele, quando chegou a Neubrandenburg, o projeto do qual deveria participar já havia iniciado. Então, os professores se interessaram pelo projeto que ele já vinha desenvolvendo na pós-graduação no Brasil.

Com o projeto aceito, Farleir pôde contar com o apoio de dois engenheiros, um de software e outro de hardware, no desenvolvimento de seu circuito eletrônico. Ao mesmo tempo, recebia orientações de seu professor no Brasil, Clóvis Petry, que o auxiliou a incluir as características brasileiras no projeto. “Conseguimos colocar as especificações técnicas e a realidade brasileira no projeto, além de reunir tecnologias do Brasil e da Europa no produto”, conta.

O protetor para eletroeletrônicos é o resultado de uma pesquisa de mercado realizada por Farleir em 2012. Segundo ele, os estabilizadores de energia elétrica são muito utilizados no Brasil para proteção, por isso ele teve a ideia de criar um produto similar, com mais funções, economicamente viável e eficiente. Por exemplo, é possível ligar uma televisão e seus periféricos (videogame, DVD, entre outros) no aparelho. Ele detecta quando a TV está em stand by (modo de espera) e desliga os demais aparelhos automaticamente, gerando assim uma economia de energia elétrica.

A intenção é conseguir aprimorar o produto e produzi-lo em escala comercial na empresa da família, a Novo Transformadores. Para isso pretende se candidatar ao edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq para desenvolvimento de produtos.

Farleir se diz surpreendido com a receptividade dos colegas e professores alemães e a disponibilidade em ajudá-lo em seu projeto. “Apesar da área de eletrônica não ser o foco da universidade, mesmo assim recebi todo apoio e quase sem contrapartida. No final ainda o que eu ouvi deles é que querem apenas ter mais alunos estrangeiros dedicados”, acrescenta.

Experiência internacional



Além do desenvolvimento de seu projeto, em seis meses de intercâmbio Farleir pode conhecer a Alemanha, fazer amizades com estudantes do mundo inteiro e aprender uma nova língua. Ele conta que se preparou para o intercâmbio estudando Inglês, porém percebeu que não era o suficiente, teria de aprender também Alemão. Para isso fez cerca de três meses de aulas dentro da própria universidade em  Neubrandenburg. “No começo foi difícil. Para comprar um chip de celular, por exemplo, foi o filho da vendedora, com talvez menos de dez anos, que me ajudou, falando um pouco de Inglês”, conta. Agora, ele continua estudando Alemão no Brasil, para se aprimorar no idioma.

Uma experiência interessante para o intercambista foi poder assistir à Copa do Mundo no país dos campeões mundiais. Ele assistia aos jogos no clube da Universidade, com colegas alemães e de outros países do mundo. No dia do confronto Brasil x Alemanha, estava na casa de uma professora. Recorda que durante todo o Mundial só se falava no Brasil. Após a derrota, ouviu muitas brincadeiras, porém todas bastante respeitosas. Também não resistiu à curiosidade viajou duas horas até Berlim para ver a chegada da seleção alemã com a taça.

Aos interessados em fazer intercâmbio, Farleir aconselha: “mantenham-se preparados, porque as oportunidades surgem”. Além de estudar Inglês e preparar seu projeto, ele também participou de uma organização não-governamental chamada JCI Florianópolis, voltada à formação de lideranças e ao internacionalismo, onde conheceu vários estrangeiros.

 

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