SEPEI Data de Publicação: 18 abr 2023 11:58 Data de Atualização: 28 abr 2023 20:29
Twitter, Facebook, Instagram, TikTok. São muitas as plataformas de mídias sociais mundialmente difundidas e utilizadas por milhares de pessoas. Para além delas, ainda há os aplicativos de mensagens, como Whatsapp e Telegram. O que você publica nesses canais? Com quem você compartilha informações? O que você fala dos outros? Essas reflexões foram destacadas numa palestra realizada nesta terça-feira (18) no segundo dia do Seminário de Ensino, Pesquisa e Extensão do IFSC (Sepei), que está sendo realizado no Câmpus Joinville. Os servidores do IFSC Daniel Augustin Pereira, jornalista dos câmpus de Jaraguá do Sul, Nadia Garlet, relações-públicas da Diretoria de Comunicação, e Janaina Turcato Zanchin, psicóloga da Pró-Reitoria de Ensino comandaram a apresentação que foi acompanhada pelos estudantes e servidores inscritos no evento.
O jornalista Daniel explicou que a ideia de trazer essa temática surgiu a partir de uma demanda da Coordenadoria Pedagógica do Câmpus Jaraguá do Sul-Centro. “Percebemos que os nossos alunos têm facilidade no uso das ferramentas, mas desconhecem as implicações de estar nas mídias sociais”, contou.
Um exemplo dado de como o conteúdo publicado nas redes pode ter consequências futuras é na busca de estágio ou emprego, já que o empregador pode analisar o perfil dos candidatos e deixar de selecionar uma pessoa em função do teor de suas publicações. “Precisamos refletir sobre o que estamos publicando, pois o que vocês estão postando hoje pode ter implicações no seu futuro”, destacou Nadia.
A relações-públicas chamou a atenção para o alcance que as mídias sociais podem dar a um conteúdo. “Não pensem que vocês estão publicando só para os seus contatos, pensem que estão publicando em um muro em praça pública”, alertou.
Daniel destacou a amplitude que as mídias sociais deram ao bullying, que passou a ser praticado na internet como cyberbullying. “Antes, saímos da escola e só íamos voltar a ver os colegas no dia seguinte ou na semana seguinte e agora o bullying é praticado 24 horas por dia”, comentou.
Os comunicadores ressaltaram a lei nº 13.185/2015 que trata de bullying e cyberbullying e as implicações legais que o uso das mídias sociais podem ocasionar, citando os crimes contra a honra previstos no Código Penal brasileiro - como calúnia, difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça e falsa identidade.
IFSC no combate ao assédio
Com o objetivo de proteger servidores e alunos, o IFSC aprovou em fevereiro deste ano uma Política de prevenção e combate ao assédio. “A ideia é que essa política se torne uma ferramenta cotidiana para todos nós de combate a essas práticas a partir das nossas posturas”, explicou a psicóloga Janaína.
Caso algum estudante alguém esteja sofrendo assédio ou testemunhe alguma situação na instituição, a orientação é procurar a Coordenadoria Pedagógica, a Coordenação do curso, a Direção de Ensino ou a Direção-Geral para os primeiros encaminhamentos. Também é possível fazer denúncias pela Ouvidoria do IFSC, inclusive de forma anônima - tanto alunos quanto servidores.
Recentemente, o Governo Federal criou um canal para receber denúncias de ameaças e ataques a escolas.