SNCT 2022: um evento de brilhar os olhos

CÂMPUS CANOINHAS Data de Publicação: 20 out 2022 14:56 Data de Atualização: 20 out 2022 17:44

Dos cálculos mais complexos às atividades mais básicas do dia a dia; das inovações tecnológicas aos saberes ancestrais; dos algoritmos às notas musicais. Onde existe possibilidade de questionamento, estudo e transformação, existe ciência. Entre segunda e quarta-feira (17 a 19), o Câmpus Canoinhas abriu suas portas para a comunidade para mostrar de forma dinâmica como fazer ciência é importante, urgente, necessário, indispensável e, ao mesmo tempo, legal, divertido, criativo e contagiante. Em resumo, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) do Câmpus Canoinhas foi de fazer os olhos brilharem.

Brilharam os olhos da Camila, de seis anos, ao entender o processo em que o líquido muda de cor na presença de um indicador na interação das soluções ácido e base. O experimento era uma das atrações interativas da exposição montada no hall de entrada, com estandes de todos os cursos. Da mesma forma, brilharam os olhos da mãe e técnica dos laboratórios de Alimentos, Josieli Santos Veiga, ao ver o interesse da filha pela área e a desenvoltura em atuar como “garota-propaganda”, assim como também fez, em 2014, quando emprestou sua imagem para a campanha de ingresso. Técnica em Agroindústria e tecnóloga em Alimentos, Josieli é servidora desde 2013.

Brilharam os olhos das estudantes de Agronomia, Naira Marina Krauss e Raphaela Moreira, ao mostrarem a grandiosidade e diversidade da instituição em que estudam. Elas fizeram parte do grupo de estudantes monitores, responsável pelas atividades de recepção e acompanhamento dos visitantes pelo câmpus, apresentação dos estandes, laboratórios e demais instalações, auxílio e preparação das oficinas e condução de atividades. “O bom da SNCT é poder mostrar tudo o que o IFSC faz, e pelo nosso olhar, de aluno para aluno.”

Brilharam os olhos das estudantes do curso técnico integrado em Edificações, Maria Eduarda Witt Ludka e Mariane Gallotti Marques, ao apresentarem o projeto Atividades interdisciplinares para estimular a leitura, compatibilização e interpretação de projetos da construção civil, durante a Mostra Científica. O projeto foi desenvolvido durante o período de atividades não presenciais, por conta da pandemia de Covid-19, e possibilitou que elas e os colegas pudessem seguir com as aulas, mesmo a distância.

Brilharam os olhos da Clarice, Bete, Ini, Marli, Nereida e Paula, terceirizadas da limpeza que há anos trabalham no câmpus e que, a cada SNCT, compartilham da mesma expectativa pelo sucesso do evento. Assim como os demais tercerizados, sabem que também são público do IFSC. São, já foram ou serão alunas em algum curso, têm ou tiveram filhos estudando no câmpus. A Bete, por exemplo, não se cansa de falar sobre a transformação que o IFSC promoveu na vida do filho, João Victor Tischler Nizer. Egresso do curso técnico em Agroindústria e do curso superior de tecnologia em Alimentos, João acaba de defender sua dissertação no mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos, na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

Brilharam os olhos da artesã Cleusa Maria Moraes Rocha Fuck, ao ser convidada para ministrar uma oficina de crochê (que tem tudo a ver com matemática e sequência de padrões), três anos depois de ter se formado no curso Crochetar é Somar, pelo programa Mulheres Sim de 2019. Junto com a técnica, Cleusa trouxe a alegria de compartilhar o que aprendeu e que até hoje é uma de suas fontes de renda.

Brilharam os olhos da Jaqueline Ziemer dos Santos ao conseguir vaga em três oficinas e conhecer a escola dos filhos por dentro. Paulo Henrique e Paulo Ricardo fazem juntos o curso técnico em Manutenção e Suporte em Informática e o primeiro faz também o curso superior de tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. “Me senti muito bem acolhida na instituição”, contou Jaqueline, impressionada com a quantia de cursos e oportunidades que a comunidade pode aproveitar. “Vou fazer tudo em que puder participar.”

Brilharam os olhos das estudantes Gabriele Cruz Oliveira, Nicole Maria Ferreira, Amábilin Vitória Martins Monteiro, Tauane Moreira Sampaio, Letícia Fernandes Corrêa e Taiane Aparecida Soares Fragoso e da professora Walquíria Cavalheiro, do 9º ano da Escola Básica Municipal José Grosskopf, maravilhadas com a infraestrutura do câmpus, organização do evento e dinamismo das atividades. “Foi fantástico ver o brilho nos olhos dos nossos alunos e perceber que eles conseguem se ver nesse espaço como alunos do IFSC no futuro”, resume a professora da rede municipal.

Brilharam os olhos do diretor-geral do Câmpus Canoinhas, Joel José de Souza, ao defender os investimentos em educação e ciência. “Fazer ciência no Brasil e em qualquer lugar é extremamente fundamental”, disse professor Joel durante a cerimônia de abertura da SNCT, na segunda-feira à noite. “A ciência sozinha não resolve todos os problemas, mas sem a ciência não se resolve problema algum.”

Brilharam os olhos do pró-reitor de Desenvolvimento Institucional do IFSC, Jesue Graciliano da Silva, ao resumir em uma hora os 200 anos de educação, ciência, tecnologia e inovação no Brasil, em alusão ao tema da SNCT deste ano, comemorativo ao Bicentenário da Independência. “A independência é um processo construído a muitas mãos”, falou professor Jesue, que fez questão de relacionar os fatores históricos aos avanços científicos e tecnológicos de cada época. Da mesma forma, ele lembrou que a ciência também é construída por uma ampla rede de pesquisadores anônimos. “São servidores e alunos que fazem pesquisas locais nos câmpus que fazem a revolução da educação brasileira, contribuindo para o desenvolvimento regional.”

Ao todo, a SNCT do Câmpus Canoinhas teve 34 oficinas, Mostra Científica com apresentação de 33 projetos de iniciação científica, três palestras, duas exposições, vários espaços de jogos, lazer e contemplação e acolhimento de cerca de 350 estudantes de oito escolas diferentes, para visitação guiada. Uma movimentação que envolveu professores, técnico-administrativos e estudantes de todos os cursos técnicos, superiores e de especialização.

“Sabemos que a SNCT é tradicionalmente um evento gigantesco, e foi uma alegria ver as atividades acontecendo mais uma vez: o câmpus cheio de gente de toda parte, a dedicação envolvida nas oficinas, o entusiasmo das pessoas nos estandes e visitas guiadas com monitores, a qualidade dos trabalhos na Mostra Científica. O evento só foi grande pelo envolvimento de cada um de nós”, avaliam os integrantes da comissão organizadora, com os olhos brilhando.

 

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