Professor do Câmpus Florianópolis-Continente chega ao 100º artigo científico publicado

PESQUISA Data de Publicação: 18 dez 2023 02:19 Data de Atualização: 18 dez 2023 09:11

O professor Tiago Savi Mondo, do Câmpus Florianópolis-Continente, alcançou neste mês a marca de 100 artigos publicados em periódicos científicos, de acordo com seu levantamento pessoal. O 100º artigo foi publicado no periódico Anais Brasileiros de Estudos Turísticos (Abet) e é resultado de um trabalho de conclusão do curso superior de tecnologia em Hotelaria do câmpus.
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​​O 100º artigo, chamado “A relação entre o ecoturismo e os meios de hospedagem em Urubici/SC”, resulta do TCC de Nara de Fátima Guimarães do Nascimento, que trabalhou relações entre ecoturismo, sustentabilidade e os meios de hospedagem da cidade de Urubici, na Serra Catarinense. Tiago foi o orientador do trabalho.

Tiago Mondo tem 37 anos e publicou o primeiro artigo científico em 2009. Em 2011, em julho, ele se tornou professor do IFSC, no Câmpus Florianópolis-Continente. De acordo com dados da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi), ele é o segundo professor com mais artigos publicados em todo o Instituto Federal de Santa Catarina. Em sua organização pessoal, o professor fez a divisão dos artigos publicados por área temática: Alojamento/Hotelaria (44%), Gestão de Destinos e Atrativos (19%), Gestão de Serviços (8%), Alimentos e Bebidas (7%), Eventos (5%), Marketing Digital (4%) e Outros (13%).

Essa produção científica que tem rendido frutos ao câmpus - já que ela ajuda os cursos nos quais o professor ministra aulas a terem uma boa avaliação nesse quesito - e ao próprio Tiago, que já recebeu alguns prêmios e menções por sua atividade acadêmica. Em 2021, por exemplo, ele figurou entre 11 professores do IFSC citados entre os mais influentes em suas áreas de pesquisa na América Latina.

Nos últimos anos, o professor do IFSC venceu concursos e premiações, como o Desafio São Paulo de Inovação no Turismo categoria Academia e Consultoria (2021), Prêmio Fapesc Confap categoria Pesquisador Inovador para o Setor Público (2022) e  Prêmio Mérito e Talento da Associação Brasileira de Profissionais do Turismo (2023), além de ter sido finalista no Prêmio Turistech Brasil no Ministério do Turismo (2021) e no Prêmio Catarinense de Inovação - Categoria Pesquisador Inovador (2023).

Confira a seguir uma breve entrevista (três perguntas) feitas ao professor Tiago Mondo sobre a vida de pesquisador.


Pergunta: Qual o "segredo" para ter tantos artigos publicados? Como você consegue ser tão produtivo cientificamente?
Tiago: Na verdade, não tem segredo. É trabalhar acima da média. É estudar muito, entender o processo científico de execução de pesquisas, relacionar-se com pares mundo afora. Ao longo do tempo vamos criando uma expertise em escrever os artigos. Mas, para escrever, precisamos de projetos de pesquisa bem estruturados, redes de pesquisadores parceiros, alunos dispostos e problemas reais, para que possamos entendê-los e assim desenvolver estratégias científicas aplicadas para resolvê-los. As publicações não são o mais importante, mas sim a possibilidade de auxiliar efetivamente a prática real a partir do conhecimento gerado pela pesquisa. Segredo não tem, é trabalhar e trabalhar.

P: E o que lhe motiva ser tão produtivo cientificamente?
​​​​​​T: Na verdade, a motivação é ajudar. É mais que motivação: é paixão em criar alternativas viáveis para auxiliar o campo do turismo na prática. É desgastante, cansa e o objetivo nunca foi a quantidade das publicações, mas como, por meio das pesquisas, a gente consegue auxiliar, mesmo que minimamente, a gestão do turismo no país.

P: Na sua visão, existem algumas características que um bom pesquisador precisa ter?
T: Saber perguntar. É o começo de tudo. Criar boas perguntas é um primeiro passo gigante para um pesquisador. A criação da pergunta vai delinear todo o caminho metodológico e de resultados que uma pesquisa terá. Depois disso, ter bom relacionamento com os pares, criar redes, pesquisar em conjunto, saber ouvir críticas e aceitar outras perspectivas. Por último, entender que o conhecimento é mutável e dinâmico e que a humildade científica é importantíssima.

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