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Conhecendo a Europa no intercâmbio

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 29 ago 2024 10:30 Data de Atualização: 29 ago 2024 10:30

Além da participação em um projeto na universidade de destino, fazer um intercâmbio pelo Propicie é também uma oportunidade de conhecer novos lugares e culturas. A estudante do técnico integrado em Mecânica do Câmpus Xanxerê, Vitória Girardi, passou por essa experiência no início deste ano. Ela fez parte do Propicie, o programa de intercâmbio do IFSC, e passou três meses na Universidade de Deusto, na cidade de Bilbao, na Espanha.

Em seu relato sobre o intercâmbio e a participação no projeto “Análise das características de impressão de metal usando SLM”, ela conta sobre as viagens, dá dicas para quem deseja fazer intercâmbio e o sentimento que ficou depois dos meses na Europa.

Confira o relato completo:

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Hoje já escrevo esse relato do Brasil. Desde março parece que o tempo voou, as últimas semanas na Espanha foram bem intensas, cheias de aventuras e histórias para contar.

O projeto focou nos resultados obtidos pelos testes feitos em laboratório, muitos materiais foram coletados para produzir o artigo e também um manual para os futuros utilizadores da máquina com que trabalhávamos.

Nos últimos meses (março, abril e maio), tive a oportunidade de conhecer alguns países e cidades. Na Europa é muito fácil “turistar”, por existirem companhias aéreas Low Cost e trens que possuem passagens muito acessíveis. Os horários das viagens acabam não sendo tão flexíveis, e essas companhias acabam sendo chamadas de “ônibus aéreos”, pois não oferecem serviços de bordo gratuito. Há restrições em relação às bagagens, e os voos ocorrem em aeroportos mais afastados da cidade.

Caso você queira viajar com um voo Low Cost, fique atento aos procedimentos de cada companhia, pois o que pode ser gratuito em uma pode não ser na outra. O tamanho da bagagem também é restrito, normalmente é uma mochila que caiba embaixo do assento. Deixo aqui o nome de duas companhias aéreas Low Cost que utilizei: Vueling e Ryanair. Mas existe uma gama de opções dependendo do seu destino.

A localização dos países na Europa é muito boa, então viajar acaba sendo muito fácil. Em Bilbao, por exemplo, não são todas as companhias aéreas que operam, então às vezes compensa pegar um voo em cidades vizinhas, como Santander. Monte um roteiro longo e com pelo menos uma estadia em cada cidade. Ficar um dia em cada lugar parece pouco, mas, por incrível que pareça, é ideal e muito proveitoso.

Revezei as viagens durante as semanas, um pouco por mês. Fiquei com medo de deixar para os últimos dias, mesmo estando um pouco receosa de ter acabado de chegar e já estar saindo com frequência. Quanto às “faltas” na universidade, muitas das atividades foram tranquilas, pois as que não eram práticas eu conseguia realizar de casa, o que foi muito favorável para passeios. Minha dica é não ter medo de sair “cedo” e aproveitar, já que o intercâmbio não é apenas sobre o projeto, mas também sobre conhecer a cultura, a língua, conversar com pessoas diferentes e desbravar as oportunidades que irão aparecer. A comunicação foi algo muito natural, o segredo é não ter medo de falar (por mais que pareça estranho). O receio de errar as palavras acaba te impedindo de se comunicar, então não se preocupe com isso.

O intercâmbio sem dúvidas foi a melhor experiência que eu já tive na vida. No caminho para casa, eu estava torcendo para que o avião desse meia volta e retornasse para a Europa. A saudade de casa foi grande, mas não tão forte quanto a vontade de ficar e pertencer àquele lugar. Cresci como pessoa, e a experiência agregou muito na minha carreira. Mesmo ainda não estando na graduação, consegui ter a certeza de que estou no caminho certo.

 

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Rotinas e passeios no intercâmbio em Bilbao

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 15 ago 2024 10:30 Data de Atualização: 15 ago 2024 10:30

Se parte de um intercâmbio é encantamento, outra parte também é se estabelecer em um novo lugar, mesmo que provisoriamente, criando novas rotinas e enxergando uma nova forma de viver em outro país. É disso que o participante do Propicie Gabriel Henrique Slomski Vacarin falou para nós em seu relato sobre as experiências vividas no final do seu período de intercâmbio em Bilbao, na Espanha.

Gabriel é estudante de graduação em Engenharia de Controle e Automação, no Câmpus Chapecó, e passou três meses realizando um projeto na Universidade de Deusto. Além de comentar sobre essa vivência na universidade, ele nos contou também sobre a rotina, os passeios e os aprendizados que o intercâmbio proporcionou.

Leia a seguir o relato completo do Gabriel sobre seu tempo na Espanha:

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Passado o primeiro mês de intercâmbio e as primeiras impressões do país, a rotina se tornou mais simples, pois a diferença de idioma, horário e diferentes comidas já não impactavam tanto. Continuamos então o desenvolvimento do projeto, além de auxiliar em outras atividades do laboratório. Com o passar dos dias foi possível conhecer outros professores e outros ambientes do câmpus, possibilitando compreender ainda mais as diferenças nos métodos de ensino, aliadas à grande quantidade de equipamentos para uso didático.

Durante as tardes livres pude conhecer diversos parques e prédios importantes na cidade. A maioria deles é possível conhecer caminhando, pois a cidade de Bilbao conta com amplas calçadas e áreas próprias para pedestres ou transporte público.

Quanto à alimentação, optei por cozinhar na residência mesmo, visto que a economia era grande quando comparado com os preços dos restaurantes.

A distância de casa e da família era reduzida por meio de longas chamadas de vídeo toda semana, uma forma bastante eficaz de se adaptar à nova rotina, sem causar um grande aperto.

Com o passar do tempo e o andamento do projeto foi possível realizar alguns passeios e viagens pela Europa, pois com o sistema de transporte lá oferecido o deslocamento entre cidades e países não possui custo elevado. Assim, o intercâmbio se torna uma ótima oportunidade para conhecer diferentes locais e voltar para casa com experiências mais marcantes ainda.

O maior aprendizado deixado pelo período no exterior é o conhecimento sobre os costumes e rotinas adotadas por outras populações. Além dos conhecimentos adquiridos no espaço universitário, as diversas atitudes adotadas pela população em relação a atividades simples do dia-a-dia nos mostram outra forma de desempenhar as atividades aqui realizadas.

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A inesquecível experiência de um intercâmbio

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 08 ago 2024 10:30 Data de Atualização: 09 ago 2024 16:35

Além da experiência acadêmica de realizar um projeto em uma universidade estrangeira, o intercâmbio traz muitas outras vivências e memórias que duram a vida toda. É isso que Monize Silva de Carvalho, estudante do curso técnico Integrado em Comunicação Visual, do Câmpus Palhoça Bilíngue, nos contou sobre seu intercâmbio em Bilbao, na Espanha.

Como uma das participantes do Propicie, o programa de intercâmbio do IFSC, ela passou de março a junho deste ano na Universidade de Deusto, fazendo parte do projeto de pesquisa Battling loneliness through design: the BLOM methodology.

Veja a seguir o seu relato sobre o tempo por lá:

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Escrevo este relato já em casa, de volta ao Brasil, mas sem dúvida nenhuma uma pessoa e estudante diferente depois que voltei. A experiência do intercâmbio na Espanha foi inexplicável e de grande valor acadêmico e pessoal. Hoje, mais do que nunca, percebo que essa será sempre uma parte muito importante da minha história.

Primeiramente com relação ao projeto que tive a oportunidade de participar, foi um processo de aprendizado muito importante, onde tive a chance de ter meu primeiro contato com o meio acadêmico através de uma perspectiva diferente, realizando pesquisas, as compactuando e aplicando de maneira a relacionar a base de conhecimento que eu já havia obtido no meu curso no IFSC. Pude desenvolver um infográfico conciso e estético, no qual discorro sobre como as linguagens do design podem ser aplicadas no meio da gestão empresarial e quais são os mais variados benefícios decorrentes dessa integração, para, futuramente, prestar esse documento a uma revista científica e até mesmo ao meu campus, ao qual esse estudo é relacionado. Só tenho a agradecer pela ótima orientação que recebi da professora Paula, orientadora do projeto, uma das melhores profissionais que já conheci.

Os orientadores dos projetos meu e dos meus colegas de intercâmbio sempre nos disponibilizaram flexibilidade para turistar, conhecer e desfrutar da cultura e da viagem e nós, como bons estudantes intercambistas, não deixamos a oportunidade passar.

Realizei um grande sonho de conhecer a Itália, onde passei pelos canais de Veneza, pude ver o gigante Coliseu e a beleza da catedral de Il Duomo em primeira mão, assim como um pouco do charme de Zurique na viagem de retorno. Tive também a chance de conhecer Málaga, Marbella e Múrcia, no sul da Espanha, e perceber as diferenças culturais e regionais.

Diferente de Bilbao, que dispõe de cores avermelhadas e amarronzadas e florestas bem esverdeadas, as construções na região sul eram em tons claros, a vegetação um pouco mais seca, e os espaços públicos como praças e calçadões feitos com mármore. Tudo pensado para amenizar o grande calor que ocorre na região durante o verão. Essas, entre outras características e diferenças tornam a Espanha um lugar realmente encantador.

Na Europa, as viagens e locomoções são bem mais em conta e de fácil acesso. Portanto, com o devido planejamento e organização dos recursos, eu definitivamente recomendo que os futuros intercambistas não percam a oportunidade de conhecer diferentes lugares e culturas, conversar com pessoas e saber mais da história de cada local. É de uma riqueza muito grande.

Além disso, o intercâmbio é uma ótima oportunidade para conhecer pessoas e fazer amizades. Na residência estudantil em que eu e meus colegas nos alojamos, pude conhecer um grupo de estudantes que estavam realizando o Erasmus, um programa de intercâmbio da União Europeia que procura promover mobilidade e integração entre os estudantes e docentes da Europa. Fiz boas amizades e com certeza trocamos boas risadas, que com certeza ajudaram nos dias em que a saudade batia forte.

Assim, as dicas que tenho para os futuros intercambistas são: para reduzir os custos, cozinhar em casa é mais viável do que alimentação fora e planejar e ajustar seus gastos ao longo da estadia também torna a viagem mais leve e tranquila; procure não somente utilizar o transporte público, mas também andar pela cidade e explorá-la, sempre haverá alguma beleza que irá te encantar; e, por fim, organize seu tempo e afazeres de forma que possa aproveitar da melhor forma os novos aprendizados acadêmicos que estão sendo proporcionados e a experiência da cultura e da viagem.

Por fim, agradeço imensamente ao IFSC por essa oportunidade que definitivamente me moldou como pessoa, estudante e profissional. Será uma vivência que estará comigo para sempre.

Obrigada!

 

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Do projeto à prática no intercâmbio

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 01 ago 2024 17:00 Data de Atualização: 02 ago 2024 10:39

Amanda de Mello, uma das participantes do primeiro semestre do Propicie, o programa de intercâmbio do IFSC, esteve na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS), em Portugal. Ela é nossa estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, no Câmpus Gaspar, e nos enviou um relato de suas experiências, contando sobre o projeto, suas amizades e suas vivências com pessoas do mundo todo.

Confira o que Amanda tem a dizer e quais recomendações ela oferece a quem também sonha em fazer intercâmbio:

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Durante as atividades na escola, utilizamos como língua mais o português, e eu achei legal como com o tempo fomos pegando algumas das palavras que eles utilizam e nos acostumamos a utilizá-la. No local que eu estava alugando para passar meu período em Barreiro, havia alguns hóspedes de diferentes países, e foi muito legal praticar meu inglês com pessoas de diferentes países e continentes. Certa vez, hospedou-se lá por uma semana um casal de alemães. Quando a moça perguntou de onde eu era e eu respondi que era do Brasil, ela começou a falar em português do Brasil comigo.

Fiz algumas amizades passageiras, tanto na faculdade quanto no Airbnb em que eu estava. Acredito que, mesmo não mantendo contato, todas são amizades que agregam muito no intercâmbio. Conheci mais pessoas por três meses em Portugal do que em um ano no Brasil.

Achei muito interessante a parte prática do projeto, principalmente saber como ele funciona e como pode ajudar na prática para depois ser aplicado em análise de dados e na escrita de artigos. Também achei interessante como tudo por lá é mais tranquilo e como o sol no verão se põe pelas nove da noite e nasce pelas 7 da manhã.

Gostei de participar das diferentes partes do projeto e de poder agregar como eu podia. Inclusive criei um aplicativo web para auxiliar em uma das fórmulas que eles mais utilizam no projeto.

Aprendi muitas coisas durante esse intercâmbio, e acredito que o mais importante foi crescer como pessoa, além de aprender a lidar com os medos e inseguranças, aprender a me virar sozinha, novas receitas, aprender algumas palavras em outras línguas, aprender a gerir as despesas e, principalmente, aprender sobre o projeto.

Uma dica que eu dou para quem quer fazer o intercâmbio e para quem já está indo neste próximo edital é que aproveitem o curso, mas que também aproveitem para conhecer todos os lugares que quiserem, para conhecer os monumentos que já vimos em tantos filmes e que alguns leram em livros, para comer as comidas típicas e conhecer pessoas de diferentes culturas e, claro, para se divertir.

 

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A vivência de participar do Propicie em Bilbao

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 25 jul 2024 17:30 Data de Atualização: 25 jul 2024 17:30

O Propicie, o programa de intercâmbio do IFSC, é uma ótima oportunidade para estudantes que sonham em ir para o exterior e ter uma experiência de pesquisa na área do seu curso. Nele, os estudantes selecionados passam um semestre desenvolvendo um projeto de pesquisa em uma outra instituição, unindo os conhecimentos do curso com todos os aprendizados de um intercâmbio.

Uma das participantes neste semestre é a Beatriz Betto Vieira, estudante de Engenharia Mecânica no Câmpus Xanxerê, que enviou o relato de hoje. Ela foi para a Espanha e está na Universidade de Deusto, em Bilbao. No seu relato, ela nos contou um pouco da sua rotina em outro país, dos aprendizados e das viagens que tem feito por lá enquanto participa do projeto "Análisis de las características de impresión de metal mediante SLM".

Veja a seguir tudo o que ela nos contou sobre a sua experiência:

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Estava morando na Espanha, mas apliquei para o projeto em inglês. Consegui praticar as duas línguas: falava em inglês com a coordenadora do projeto e, morando na Espanha, pratiquei bastante o espanhol, aprendendo muita coisa. Também ouvi outras línguas durante minhas viagens, como alemão, que era realmente muito difícil de entender, e, por incrível que pareça, português de Portugal, que também era um pouco mais difícil de compreender do que eu imaginava.

Embora não tivéssemos muito contato com estudantes locais, fiz amizade com os outros estudantes brasileiros do IFSC que foram para o Propicie junto comigo. Morávamos no mesmo lugar e passávamos bastante tempo juntos. Além disso, considero que fiz amizade com os coordenadores do projeto. Fui muito bem acolhida por todos da faculdade, e o ambiente de trabalho era muito colaborativo, facilitando o contato e a resolução de dúvidas.

A faculdade era muito bem estruturada e grande, o que me surpreendeu bastante. Os professores eram extremamente atenciosos. Durante o intercâmbio, tive a oportunidade de conhecer oito países: Espanha, Portugal, Itália, Suíça, França, Reino Unido, Alemanha e Áustria. Essa experiência proporcionou um enorme choque cultural e foi maravilhosa para meu crescimento profissional e pessoal.

Embora não tenha assistido a aulas formais, participei de atividades do projeto. A didática dos professores para explicar nossas funções era clara e eficaz. Enfrentamos dificuldades devido à escassez de material de pesquisa sobre reologia de pós e à complexidade de lidar com o Reometro Anton Paar. No entanto, uma visita do pessoal da marca nos ajudou a esclarecer dúvidas e aprender a realizar diferentes testes, o que foi muito útil.

Nosso projeto tinha como objetivo aprender a usar o reômetro e desenvolver um manual para futuros estudantes. Testamos diferentes materiais, incluindo dois pós de metal usados para impressão 3D, carbonato de cálcio e alguns alimentos como sal, açúcar e amido de milho. Realizamos testes em diferentes condições, como temperatura ambiente, temperaturas variáveis e umidade. Além disso, aprendemos a usar a máquina de impressão SLM e realizamos impressões de projetos.

A melhor parte do projeto foi a prática envolvida. Além de aprender sobre reologia, pude aplicar o conhecimento adquirido, entendendo como funciona um reômetro e lidando com ele diariamente em laboratório. Aprendi a interpretar e diferenciar os gráficos gerados pelos nossos próprios testes, comparando-os. Vejo muito futuro nessa área, especialmente agora que tenho experiência prática.

Morei na residência estudantil MiCampus com outra estudante do IFSC Xanxerê que fazia o mesmo projeto. Reservamos o lugar antes de chegar na Espanha. Minha rotina incluía ir para a faculdade de metrô pela manhã, e às vezes ficávamos até o final do dia. Era uma rotina tranquila, permitindo-me viajar e conhecer a cidade onde morava. Bilbao é uma cidade perfeita para intercâmbio, com pessoas gentis, ambiente limpo e seguro, e um transporte público de qualidade e barato.

Cozinhava às vezes, mas comi bastante fora, experimentando muitas coisas diferentes. Senti falta da comida do Brasil, mas gostei muito dos petiscos tradicionais do País Basco, os pintxos, e da paella.

Minha família e amigos sempre me apoiaram para fazer esse intercâmbio, mas senti muita saudade de casa. Falava com minha família e amigos diariamente, fazendo várias chamadas de vídeo. Foi minha primeira viagem para fora do Brasil, mas já havia viajado sozinha pelo Brasil antes. Viajar sozinha pela Europa foi desafiador, mas uma experiência incrível e libertadora, mesmo que tenha sentido medo em alguns momentos.

Aos estudantes que pretendem realizar intercâmbio, eu diria que é uma experiência extremamente enriquecedora e transformadora, que todos que têm essa oportunidade devem aproveitar.

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TCC na Alemanha

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 09 jul 2024 15:48 Data de Atualização: 09 jul 2024 15:55

Pela primeira vez, estudantes do IFSC defenderam seus trabalhos de conclusão de curso (TCC) na Alemanha. Maria Eduarda Helbich Regiani, Mikael Bueno da Silveira e Murilo Bloch - todos do curso de Engenharia Mecatrônica do Câmpus Florianópolis - embarcaram para a Europa em junho de 2023 e foram os primeiros alunos de um instituto federal a estudarem no Instituto Fraunhofer de Tecnologia a Laser ILT, em Aachen. A experiência foi tão positiva que outros três estudantes do IFSC embarcam neste mês para participar do programa de intercâmbio.

A ida dos primeiros alunos foi possível a partir de um contato do professor do Câmpus Florianópolis Erwin Werner Teichmann, que fez pós-doutorado no instituto alemão em 2019, após ser aceito pelo professor Andres Gasser. 

Saiba mais sobre esta experiência na notícia publicada no site do IFSC.

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Saiba como funciona o Propicie

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 08 abr 2024 13:30 Data de Atualização: 09 abr 2024 10:57

Se você tem o sonho de fazer intercâmbio, o seu momento chegou: as inscrições para a 22ª edição do Propicie, nosso programa de intercâmbio, estão abertas até 15/04. Para te ajudar nesse processo, que sabemos que envolve muitos detalhes, preparamos esse post de atualização das dúvidas mais frequentes sobre o programa. Assim você pode conferir se tem tudo o que precisa para participar!

Afinal, não dá pra perder a chance de ter experiências de pesquisa e ensino internacionais no seu currículo por não entender como funciona, né? Então, vamos lá!

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O que é o Propicie?

O Propicie é o Programa de Intercâmbio Internacional para Estudantes do IFSC que existe desde 2010 e já levou, a mais de 300 alunos, a oportunidade de participar de um projeto de pesquisa em uma instituição estrangeira.

No Propicie, o aluno estuda em uma instituição estrangeira?

Pelo Propicie, o aluno do IFSC não irá assistir às aulas de um curso no exterior, mas sim participará de um projeto de pesquisa já em andamento na instituição estrangeira. Portanto, o estudante irá integrar uma equipe de pesquisa pré-existente.

Quem pode participar?

Os critérios de seleção podem variar de uma edição para outra, pois também dependem das exigências dos projetos ofertados pelas instituições parceiras no exterior. Normalmente, podem se inscrever no programa alunos que estiverem regularmente matriculados em um curso técnico ou de graduação no IFSC - observados os respectivos pré-requisitos. Nesta 22ª edição, que está com inscrições abertas, podem participar estudantes de nível superior (graduação) e estudantes de nível técnico, desde que seu curso tenha duração maior que um ano.

Preciso saber falar outro idioma para me inscrever?

Sim, é necessário possuir nível B1 de proficiência em língua estrangeira, de acordo com o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas. A maioria das instituições parceiras exige língua inglesa, contudo há projetos que permitem que o candidato opte por outro idioma. Conforme o edital desta 22ª edição, a avaliação da proficiência na língua estrangeira será determinada de acordo com o desempenho do candidato em entrevista de proficiência realizada por uma banca formada por dois membros a serem designados pela Comissão Gestora do edital. A entrevista terá a duração de até 15 minutos.

Preciso falar inglês mesmo se estiver me inscrevendo para uma vaga em Portugal?

Sim, a língua inglesa é exigida pelas instituições portuguesas, pois as equipes dos projetos geralmente são formadas por intercambistas de vários países. Assim, utiliza-se a língua inglesa para comunicação interna, além de ser necessária para eventuais leituras técnicas, por exemplo. Outros países, como Espanha e Canadá, por exemplo, costumam ofertar projetos com outras opções de idioma (como o francês e o espanhol). Em todo caso, é necessário observar atentamente a descrição dos projetos em cada edição.

Preciso de um atestado de proficiência do inglês ao realizar a inscrição?

Não, pois a aferição de proficiência dos candidatos será feita unicamente por meio de entrevistas.

Para quais países posso ir pelo Propicie?

O IFSC possui acordos com instituições de diversos países. Para o edital que está com inscrições abertas no momento, os destinos são Portugal, Alemanha, Espanha, Finlândia e Canadá.

Quais as instituições que participam do Propicie?

Em Portugal, temos o Instituto Politécnico de Bragança, o Instituto Politécnico de Beja, o Instituto Politécnico de Setúbal, o Instituto Politécnico do Porto e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Na Espanha, temos a Universidade de Deusto, na Finlândia as atividades acontecerão na Universidade de Ciências Aplicadas HAMK, na Alemanha, participa do nosso programa a Universidade de Ciências Aplicadas de Neubrandenburg e, por fim, no Canadá a Universidade do Quebec em Trois-Rivières.

Posso escolher o projeto de pesquisa que quero participar?

Sim, a escolha do projeto é um requisito para a inscrição. A escolha precisa ser feita no Formulário de Inscrição, respeitando o seu nível de ensino (se técnico ou se superior), com a indicação do Código do projeto escolhido (conforme consta no Anexo I do edital).

Quando abrem as inscrições?

As inscrições estão abertas até 15 de abril para sua 22ª edição. Saiba mais aqui.

Como posso me inscrever?

A inscrição deve ser feita unicamente por meio do Formulário de Inscrição, no qual o estudante deverá anexar todos os documentos requisitados no item 5.6 do Edital.

Como será a seleção?

A seleção será feita por meio de uma classificação a partir de sorteio eletrônico e de entrevista de caráter eliminatório. O resultado do sorteio não garantirá a aprovação do estudante no processo seletivo, mas definirá a ordem dos candidatos para a próxima etapa da seleção (entrevista de proficiência). Todos os candidatos que tiverem suas inscrições homologadas passarão por entrevista para avaliação de proficiência em língua estrangeira, a depender do projeto escolhido. 

A ordem de realização das entrevistas observará a ordem de classificação dos candidatos no sorteio. Os dois primeiros candidatos de nível técnico entrevistados que receberem o conceito apto serão considerados aprovados no processo seletivo e receberão a bolsa de auxílio financeiro. Da mesma forma, os dois primeiros candidatos de nível superior entrevistados que receberem o conceito apto serão considerados aprovados e também receberão a bolsa. 

O IFSC oferece auxílio financeiro para quem for selecionado?

Nesta edição, haverá oferta de quatro bolsas de auxílio financeiro. Além disso, há a possibilidade para alunos que quiserem realizar a mobilidade mesmo que não tenham sido contemplados com a bolsa.

A instituição estrangeira oferece moradia aos intercambistas?

Não, a hospedagem deverá ser custeada pelo próprio aluno e/ou com recursos do auxílio financeiro fornecido pelo IFSC (no caso dos candidatos contemplados com as bolsas).

Fui selecionado e não sei como procurar uma hospedagem em outro país. O que devo fazer?

Neste link são disponibilizadas diversas dicas de hospedagem fornecidas por estudantes que participaram de edições anteriores do programa.

O IFSC compra minhas passagens aéreas?

Não. O estudante contemplado fica responsável pela compra das passagens, bem como pela administração do valor recebido para arcar com as demais despesas (no caso dos candidatos contemplados com as bolsas).

Preciso fazer algum seguro-saúde?

Sim e a contratação é de responsabilidade do estudante.

Se eu for selecionado, quando devo embarcar?

Os estudantes aprovados deverão se apresentar nas instituições estrangeiras entre setembro e outubro de 2024, a depender do projeto escolhido. A data exata poderá ser acordada diretamente entre o estudante aprovado e o coordenador do projeto, conforme prevê o edital.

Qual a duração do Propicie?

Cerca de três meses.

Enquanto estiver fazendo intercâmbio, como ficam minhas aulas do IFSC?

Normalmente, o estudante fica matriculado com o status "em mobilidade" (o SIGAA oferece essa opção). Entretanto, recomendamos que a situação acadêmica do estudante seja tratada diretamente com a coordenação de curso e o setor de Registro Acadêmico do câmpus. Em qualquer caso, a matrícula junto ao IFSC não é trancada, visto que uma das exigências do intercâmbio é que o estudante mantenha o seu vínculo com o IFSC.

Preciso enviar algum relatório enquanto estiver fazendo intercâmbio?

Sim. O intercambista deverá enviar à Arexi dois relatos de atividades durante a mobilidade (inclusive, muitos desses relatórios viram posts aqui deste Blog dos Intercambistas). Além disso, após o término do intercâmbio, o estudante terá um prazo para entregar um relatório científico e, também, para realizar uma atividade de socialização da experiência - obrigações previstas no edital.

Preciso de visto para viajar?

Para viagens de até 90 dias, que é o período de duração do Propicie, o visto estudantil não é necessário para a maioria dos países de destino da 22ª edição do Propicie. O Canadá, entretanto, exige o visto de visitante temporário. Atenção: em qualquer caso, é preciso ter passaporte. Os estudantes selecionados para esta edição do Propicie somente poderão realizar a viagem de intercâmbio portando passaporte válido até, pelo menos, maio/2025. Veja como obter passaporte no site do Governo Federal.

Se eu for aprovado no resultado final do edital, já posso comprar as passagens e organizar a viagem?

Não. Os estudantes aprovados no edital serão nominados (indicados) pela Arexi às instituições estrangeiras. Essas instituições (a critério de cada coordenador de projetos) analisarão as candidaturas, solicitarão documentações complementares aos candidatos e, estando tudo certo, emitirão as Cartas de Aceite. Recebida a Carta de Aceite, o estudante poderá, então, iniciar os preparativos para a viagem.

Como posso saber mais sobre a experiência de quem já participou do Propicie?

Além de acompanhar os relatos aqui no Blog dos Intercambistas, temos depoimentos no nosso Instagram na #ifscpelomundo e nós também temos no YouTube a playlist Pelo Mundo com vários relatos em vídeos dos nossos estudantes que participaram no programa. É só dar play aqui embaixo:

 

 

Ainda tenho dúvida. Como posso esclarecer?

Leia com muita atenção o edital e, se precisar, envie e-mail para arexi@ifsc.edu.br.

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A experiência de estudar em Portugal

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 04 abr 2024 10:30 Data de Atualização: 04 abr 2024 10:30

Desde o ano passado, nosso estudante de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages, Marcos Vinícius Andrade de Moraes, está em intercâmbio em Portugal pelo programa de Dupla Diplomação. Durante sua estadia por lá, ele está cursando mestrado no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

No relato de hoje, vamos ouvir um pouco mais sobre essa experiência do Marcos, quais foram suas dificuldades, experiências e algumas dicas para quem pretende fazer intercâmbio.

Assista o relato de Marcos na íntegra:

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Nova turma do Propicie

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 19 mar 2024 11:28 Data de Atualização: 19 mar 2024 11:40

Neste mês, mais uma turma de intercambistas do Programa de Cooperação Internacional para estudantes do IFSC, nosso querido #Propicie, embarcou para a Europa. Seis estudantes de cursos técnicos e de graduação do IFSC passarão três meses participando de projetos de pesquisa no Instituto Politécnico de Setúbal, em Portugal, e na Universidade de Deusto, na Espanha. 

Publicamos uma matéria no site do IFSC em que é possível saber um pouco mais sobre os novos intercambistas, como foi participar do processo seletivo e a ansiedade antes da viagem. 

-> Clique aqui para ler a reportagem
 

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Um intercâmbio musical na Itália

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 15 fev 2024 10:30 Data de Atualização: 05 mar 2024 14:50

Nossa estudante de Prática de Orquestra do Câmpus Florianópolis, Carolina Momm de Melo, participou em 2022 do Programa de Cooperação Internacional para Intercâmbio de Estudantes de Prática de Orquestra do Câmpus Florianópolis. Em novembro e dezembro daquele ano, ela viveu a experiência de estudar música na Itália, entre aulas de canto e regência, e participar de diversos espetáculos, além de conhecer lugares históricos e criar vínculos com músicos de lá.

Seu relato, assim como muitos outros de alunos e servidores dos Institutos Federais, foi publicado no fim do ano passado no ebook Vozes da Internacionalização: narrativas de estudantes e servidores(as) da educação profissional, científica e tecnológica, publicado pela Editora do Instituto Federal Catarinense (IFC).

Leia o relato completo da Carolina e veja como foi essa experiência:
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Sou Carolina, tenho 26 anos e sou aluna do Curso de Prática Orquestra do IFSC campus Florianópolis, onde estudo a prática do violino no ambiente orquestral. A seguir, farei um relato da minha experiência de intercâmbio realizada em novembro e dezembro de 2022 na Itália. 

O programa de cooperação internacional para intercâmbio de estudantes do Instituto Federal de Santa Catarina, a partir do edital N° 01/ 2022/ RI/ Câmpus Florianópolis, proporcionou a experiência de mobilidade para cinco estudantes do curso FIC prática de orquestra. Desembarcamos no dia 24/11/22 em Milão e partimos para Venegono Inferiore, próximo a Varese. 

O curso organizado pelo Maestro Giovanni Tenti foi dividido em três partes: técnica de canto, regência de motetos italianos e análise da quinta sinfonia de Beethoven. Além disso, participamos do coro da Associação Ars Cantus em preparação para um concerto realizado no dia 7 de dezembro. As primeiras lições iniciaram no dia 25/11, onde aprendi técnicas de respiração e emissão de voz do bel canto. Minha voz foi classificada como soprano 1, o que representou um desafio durante minha preparação do repertório do coro, visto que precisei cantar a parte mais aguda do repertório. 

Após o contato inicial com o canto, tivemos as primeiras aulas de regência coral. O repertório consistia em duas “Ave Maria”, dos compositores de Victoria (1548 – 1611) e Dietsch (1808 – 1865). Inicialmente aprendemos a fazer uma análise da organização dos compassos e como fazer sinalizações nas partituras. Em seguida, o exercício foi cantar todas as vozes e ensiná-las aos outros colegas que simulavam a formação de um coro a quatro vozes. Finalmente, era feita a regência juntando todas as vozes e exercitando os gestos aprendidos.

Essas aulas com motetos italianos a quatro vozes se repetiram ao longo dos dias, variando o repertório e os trechos a serem estudados. Na maioria das vezes, o maestro sugeria 30 a 40 minutos de estudo individual para que em seguida aplicássemos o método de ensinar os colegas, juntar as quatro vozes e fazer a regência. Pude perceber diversas habilidades a serem desenvolvidas para conseguir fazer uma boa regência coral, como uma emissão de voz clara e afinada, a importância de uma boa leitura à primeira vista, a precisão rítmica e um bom ouvido relativo para poder passar as vozes apenas com a referência de um diapasão, sem a dependência de um piano.

No domingo, 27 de novembro, fomos a Varese. Conhecemos um parque com uma área verde imensa com vista para o lago, em seguida fomos ao Campo dei Fiori e, por fim, conhecemos o Palazzo Estense, local onde a Ars Cantus realizou diversos concertos.
No dia seguinte fizemos nossa primeira apresentação do quinteto “Solisti di Floripa”, onde tivemos a oportunidade de apresentar um repertório diverso de músicas brasileiras: Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Guerra-Peixe, Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, entre outros. O concerto foi realizado na sala de um edifício no centro da cidade, com a presença de coralistas da Ars Cantus, membros da comunidade e autoridades locais. No link a seguir é possível assistir na íntegra:

 

 

 

Ao longo das duas semanas fizemos quatro ensaios com o coro, uma experiência valiosa onde tivemos a oportunidade de conhecer as técnicas de ensaio do maestro Tenti, assim como integrar um grupo de excelência. Aprendi bastante sobre trabalho com coro durante esse período. No repertório havia peças sacras como “Ave Maria” de Victoria e Dietsch, assim como músicas de filme de Ennio Morricone e Elton John. Algumas das peças eram executadas com solistas, enquanto outras com coro à capela. Na maioria delas o maestro tocava piano para fazer os acompanhamentos. 

Dia 30 de novembro fizemos nossa visita a Milão acompanhados pelo maestro Tenti, pudemos visitar o Duomo, o Castello Sfozesco e um de seus museus e passamos em frente ao teatro Scala.

Outro passeio inesquecível foi em Firenze. Por ser um pouco distante da região onde estávamos hospedados, tomamos um trem de alta velocidade partindo de Milão. Ao chegar na cidade, fomos diretamente à Galleria della Academia, um dos locais turísticos mais importantes de Firenze, onde conhecemos diversas obras renascentistas, um pequeno museu de instrumentos musicais e, principalmente, a escultura original do David de Michelangelo. Mais tarde pudemos conhecer o centro da cidade e provar pratos típicos italianos. No segundo dia visitamos a Galleria Uffizi, um palácio com um dos museus mais importantes da história da arte europeia. Foi uma experiência extraordinária conhecer ao vivo essas obras primas, além de compreender um pouco mais da história dos Medici e sua influência na produção artística que está concentrada na cidade.

Retornando a Venegono Inferiore e nos dias 5 e 6 de dezembro fizemos nossas últimas aulas de regência, dessa vez focando na prática orquestral com a quinta sinfonia de Beethoven. Foi feita uma análise dos quatro movimentos em relação à interpretação gestual em 2, 3 ou 4, à técnica de orquestração do compositor para essa sinfonia, as possíveis demandas dos instrumentistas para a regência, quais eram os pontos de maior dificuldade, etc. Dessa forma pudemos fazer um mapeamento detalhado da obra, o primeiro passo para o regente de orquestra criar sua interpretação. Ainda no dia 5 à noite fomos convidados para um jantar no seminário, um grande complexo que abriga diversas igrejas. Após a janta, nosso grupo de intercambistas apresentou o repertório brasileiro para os seminaristas, que receberam com bastante entusiasmo nossa música.

Nossa última apresentação foi no dia 7 de dezembro na Catedral de Vigevano, dessa vez em conjunto com o coro Ars Cantus, executando o repertório ensaiado ao longo das duas semanas. O concerto foi um sucesso, a igreja estava lotada e o público foi bastante receptivo.

Em nosso último dia em Venegono Inferiore almoçamos com a família Tenti e alguns coralistas da Ars Cantus. Mais tarde, fizemos uma visita diurna ao Seminário e conhecemos algumas das igrejas e prédios principais, ouvimos o maestro tocar Bach no órgão da igreja e nos apresentar o mecanismo do instrumento. No fim, participamos da missa como coralistas nas celebrações do feriado da Immacolata. Destaco aqui a generosa recepção da família Tenti e de todos os membros do coral, que nos acolheram de forma calorosa e possibilitaram um vínculo para além da música. 

Nossa presença no curso de regência foi registrada em dois momentos pela imprensa local, no jornal físico e na televisão: 

 

 

 

Concluo este relatório agradecendo a toda a equipe de mobilidade acadêmica do IFSC e a coordenadoria de Atividades Artísticas pela oportunidade de realizar este intercâmbio, foi um período intenso de aprendizado de música, arte e cultura italiana importantíssimo para a minha carreira e que certamente renderá frutos ao longo da minha trajetória como educadora e musicista.
 

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Desafios da vida longe de casa

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 29 fev 2024 10:00 Data de Atualização: 01 mar 2024 10:25

Além de todos os aprendizados, participar de um intercâmbio representa uma grande mudança de estilo de vida e rotina. Nosso estudante Marco Antônio Arruda, do curso de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages, contou um pouco sobre como é essa experiência no relato em vídeo do post de hoje. Marco está atualmente fazendo mestrado em Portugal pelo programa de Dupla Diplomação no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Veja o que Marco nos diz sobre seu intercâmbio no vídeo a seguir:

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Um recorte da vida em Porto

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 22 fev 2024 14:30 Data de Atualização: 22 fev 2024 14:30

Nosso relato de hoje é sobre a experiência do Carlos Eduardo Loterio Matos, estudante de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages. Desde setembro do ano passado ele está estudando no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), em Portugal, pelo programa de Dupla Diplomação. Para contar um pouco de como tem sido fazer o mestrado em outro país, ele enviou para nós um relato em vídeo e até mostrou um pedacinho da cidade para nós.

Assista o relato do Carlos Eduardo no vídeo a seguir:

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Vivência da dupla-diplomação no ISEP

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 08 fev 2024 09:30 Data de Atualização: 08 fev 2024 09:59

Você conhece o nosso programa de intercâmbio dupla-diplomação? Nele, estudantes de graduação podem estudar em uma instituição estrangeira e, lá, adquirir mais uma titulação, como o mestrado, ou um no país da instituição. Assim, ao final do curso, o estudante consegue uma diplomação dupla e ainda conhece outra universidade e um outro país!

Nosso aluno do curso de Engenharia Mecânica do Câmpus Lages, Guilherme de Souza Andrade, foi um desses estudantes e compartilhou com a gente suas experiências da dupla-diplomação no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), em Portugal. No relato, Guilherme conta sobre as dificuldades e as transformações dessa experiência para sua vida pessoal e acadêmica, que aconteceu entre 2022 e 2023.

Veja a seguir ele nos conta sobre seu intercâmbio:
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Durante toda a minha trajetória acadêmica, busquei oportunidades de intercâmbio não apenas para aprimorar meus conhecimentos em engenharia, mas também para imergir em novas culturas. Em 2022, essa busca me conduziu a Portugal, onde tive a privilegiada chance de participar do programa de dupla-diplomação no ISEP, cursando o mestrado em engenharia mecânica. Desde então, tenho vivido intensamente esta experiência. Concluí minhas obrigações acadêmicas em setembro ao apresentar minha dissertação com o título “Integração de princípios de economia circular nas operações e cadeias de abastecimento na indústria de motores elétricos: um caso de estudo”, fruto de um projeto desenvolvido em colaboração com a empresa na qual continuo trabalhando até hoje.

A vivência aqui tem se revelado extraordinária e transformadora em todos os aspectos, moldando meu percurso acadêmico, pessoal e profissional. A imersão em diferentes culturas tem sido uma fonte inesgotável de enriquecimento, proporcionando aprendizados valiosos tanto dentro quanto fora da sala de aula.

Enfrentei diversos desafios ao longo dessa jornada, destacando-se a adaptação a uma nova cultura enquanto mantinha minhas responsabilidades acadêmicas. Além disso, a distância da família e dos amigos representa uma dificuldade constante, sendo a saudade de casa um sentimento palpável.

Posso dizer que este programa se revelou como um ponto fundamental e transformador em minha vida, delineando os rumos que já percorri e que ainda hei de percorrer. Cada dia é uma oportunidade de aprendizado, e essa experiência continua a ser um pilar crucial na minha jornada.

 

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Dicas e experiências de intercâmbio

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 01 fev 2024 10:30 Data de Atualização: 01 fev 2024 13:29

Para os estudantes que fazem intercâmbio pelo Propicie, o fim do semestre significa uma época intensa de finalização de projetos, viagens e despedidas. No relato de hoje, do Maykon Allan Soldati Quandt, aluno de Engenharia de Alimentos do Câmpus Urupema, vemos um pouquinho de tudo isso. Assim como outros colegas do Propicie 20, Maykon voltou no fim do ano passado ao Brasil e nos contou como foram os meses que se passaram depois do último relato que ele havia enviado para nós.

Veja a seguir as dicas e experiências que Maykon teve em seu período participando de um projeto no Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), em Portugal.
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Desde meu último relato, a intensidade do projeto aumentou, fazendo com que eu tivesse mais responsabilidades e tivesse que realizar mais testes. Por um lado isto é ótimo, pois notei a escassez do dinheiro que recebi pela bolsa, uma vez que 42% do valor da bolsa foram para as passagens e 19% para a moradia. Então me sobraram 39%, cerca de € 1200, para comer, viajar e aprender mais sobre Portugal e a situação da União Europeia.

Vou dividir o meu relato em coisas relacionadas ao projeto e estadia em Beja, e coisas relacionadas às viagens. Também acredito que o principal objetivo deste relato seja focar mais nos detalhes diferentes que possam ajudar futuros intercambistas, por isso, os detalhes vão focar em dicas de aplicativos, de sobrevivência e situações que possam se repetir com outros intercambistas.

Começando pela melhor parte, consegui me organizar para conhecer 4 lugares: Fátima, Setúbal, Évora e Veneza. Como estava limitado ao dinheiro da bolsa, fiz escolhas bem pragmáticas. Escolhi visitar Fátima para pagar uma promessa a uma professora do IFSC. Já Veneza é um dos poucos locais no mundo que eu queria conhecer pessoalmente, um dos meus principais sonhos. Conheci Setúbal devido à facilidade, uma vez que lá eu tinha conhecidos que me ofereceram estadia e regalias, às quais sou muito grato até hoje. E por fim, Évora é o local mais interessante da região do Alentejo Português, uma vez que sua história está muito conectada ao período da inquisição.

Começando por Fátima, a jornada já começou estranha. Quando nos movimentamos por Portugal, geralmente podemos utilizar os aplicativos para celular “MyRNE” para a utilização de ônibus, ou o “CP” que é a sigla para Comboios de Portugal. Quando utilizada a Rede Nacional de Expressos (RNE), a cidade aparece e é certo que você vai parar na rodoviária da cidade. Porém, o mesmo não acontece com o CP, já que você insere o nome da estação ao invés do nome da cidade.

Para o caso de Fátima, existe uma estação isolada de mesmo nome, com apenas 3 residências ao redor, sem sinal de civilização. Acabei pegando um comboio para lá e, próximo de descer na estação, perguntei ao cobrador se ele teria alguma dica sobre como eu poderia fazer para chegar a Fátima, e ele disse para parar na estação seguinte, que possuía alguns poucos ônibus para o meu destino. Desci numa vila chamada Caxarias e cheguei 5 minutos depois do ônibus partir.

Como o próximo só viria depois de 4 horas, resolvi pegar um Bolt, que é um meio de transporte comum em Portugal, similar ao Uber. Saiu caro, mas foi o resultado da falta de um planejamento detalhado.

Em Fátima, a visita aos templos e ao santuário são todos gratuitos, com muitas missas e eventos, todos detalhados em um cronograma disponibilizado na internet. Fiz uma videochamada com minha avó, que tem mais conhecimento da religião católica para fazer mais proveito do evento. Além disso, visitei o santuário de Fátima em um dia especial, portanto havia mais pessoas do que o normal, o que também foi muito legal. Recomendo planejar visitas a locais assim quando há datas especiais. Fátima não é apenas um local religioso, mas também muito conhecido por suas grutas e geologia. Lá visitei a Gruta das Moedas, que funcionava com visitas autoguiadas, por auxílio de QR Code, e também um museu geológico que ensinava as formações sedimentares, basálticas e outros tipos de formação. Lá tem rochas de diversos tipos e a visitação é gratuita. No entanto, não havia ônibus para essa região, então tive que ir caminhando. Quando se faz visitas do tipo, é comum seu celular ficar descarregado. Uma alternativa caso não possua powerbank é ir em qualquer McDonald 's da região, pois estes sempre possuem tomadas para carregar o celular. Programei a volta de ônibus, portanto tudo ocorreu sem problemas.

A viagem para Setúbal foi feita em uma rota entre Beja e Setúbal. Caso você utilize o MyRNE, o valor será fixo. Porém, você pode receber desconto se alterar a opção de viajante, uma vez que adultos pagam mais do que jovens. Outra dica é que, por uma opção da RNE, as viagens entre Lisboa e cidades turísticas de Portugal tiveram promoção, chegando a 4 euros. Saia mais barato ir de Beja para Lisboa, e de Lisboa para Setúbal, totalizando cerca de 9 euros, do que fazer a rota Beja-Setúbal, que totaliza 12 euros. No entanto, como estava indo com um colega, eu fiz essa rota. Este colega me ofereceu moradia, comida e carona para viajar para locais próximos com sua família. Graças a isso, consegui economizar e aproveitar muito a região. Recomendo fortemente para os intercambistas focarem em fazer amizades do tipo. Dependendo do tipo de pessoa que você conversa, você consegue entender se ela está mais aberta a te aceitar ou se fica desconfiada. Seja o mais receptivo possível, que provavelmente eles te receberão da mesma forma. Seja humilde e ouça tudo deles antes de falar sobre você. Usando esta filosofia eu consegui amigos que disseram estarem felizes de me conhecer. Setúbal foi um dos meus primeiros destinos, e também foi um dos últimos, pois precisei me despedir destas pessoas que me foram tão importantes.

Évora foi a última capital regional que visitei. Lá conheci uma colega do Propicie, a Juliana. Ela foi professora de história e foi importantíssima para eu compreender o que era a inquisição e seu conluio com o estado para manter as pessoas sob a religião majoritária. Portugal é um país fortemente influenciado pela igreja católica, e muito disso vem desta influência histórica.

No entanto, ao chegar na cidade, notamos a presença da igreja evangélica universal. O Brasil exerce muita influência em Portugal e a religião é um agente disso. Muitas pessoas que conversei possuem algum contato com pessoas evangélicas e isso está causando algumas mudanças na visão portuguesa sobre o Brasil, principalmente na questão política. Mas de restante, tudo foi muito protocolar nesta visita. Nada que agregue a este relato.
Agora a visita mais inesquecível para mim foi a Veneza. E aqui tentarei incluir o máximo possível nos detalhes. Ao viajar para um país fora de Portugal, primeiro deve-se observar os valores das passagens. Uma viagem bem planejada e não dependente de clima pode ser mais barata que o comum. Fiz a pesquisa das passagens aéreas pela empresa Ryanair, uma companhia do estilo low-cost, que oferece viagens com preços acessíveis. Ela é geralmente a principal opção, porém alguns também utilizam a easyJet. Os preços baixos geralmente estão associados a levar apenas uma mochila na viagem, então fiquei atento a quanta roupa levaria e tamanho de minha mochila, caso contrário, muitas multas são geradas. Para as viagens terrestres internacionais, geralmente as pessoas usam o FlixBus. A viagem com ele é muito fácil e geralmente é a opção mais barata dentre todas. O meu avião saiu de Lisboa, do terminal 2 do aeroporto, onde ficam todas as companhias low-cost. O destino foi a cidade de Bérgamo, próxima de Milão. Chegando no aeroporto, por ser uma viagem entre países do espaço Schengen, não foi necessário nenhum processo de imigração. Chegando lá, precisei de quase 2 horas para conseguir um chip telefônico, e com isso percebi que as coisas são muito burocráticas na Itália. Meu transporte para Veneza saia às 15h, sendo que cheguei às 11h, logo, havia tempo hábil para isso. Esperei pelo ônibus e fui direto para Veneza.

No meio do caminho conheci uma brasileira, trocamos contatos e a conversa foi bem produtiva. Percebi ali que o italiano é uma língua muito fácil de compreender, mesmo que você não entenda como falar. É uma sensação similar à compreensão do espanhol sulamericano por nós, brasileiros. Indo para Veneza, você pode optar por descer em Mestre, um bairro central da parte continental da cidade e que possui diversas conexões com a ilha por meio de ônibus ou trem. Optei por descer na própria ilha, em um estacionamento na ilha de Tronchetto. Para aproveitar a cidade, existe um sistema da própria câmara de Veneza chamada Venezia Unica. Existe a versão em aplicativo de celular e a versão em site, e nela você pode comprar passagens de vaporetto, gôndola, ou até para as atrações da cidade, como santuários, museus e igrejas. Na cidade, eu me mantive caminhando indo e voltando da minha pousada e aproveitei muito bem os três dias que fiquei na cidade. A volta aconteceu sem muito segredo, utilizando os mesmos meios que comentei anteriormente.

Para estas viagens, você sempre pode contar com a opção territorial de transporte. Em Portugal, as opções mais comuns são o RNE e o CP, já na Itália, é comum a utilização do Itabus ou o Tremitalia, e para cada outra cidade talvez exista um sistema próprio. Mesmo assim, os aplicativos internacionais, como Omio, Flixbus, Ryanair, entre outros, ainda funcionam. Para a estadia, o Booking é o principal aplicativo.

Agora, depois de comentar sobre minhas viagens, eu comentarei a experiência geral em Beja. O meu projeto necessitava de grandes repetições para atender o número mínimo de provadores para a análise sensorial. Fiquei repetindo diversas vezes e, depois de terminar, aplicamos um processo de monitoramento de temperatura utilizando arduíno e termistores. O projeto foi muito bem coordenado pelo professor João Dias, graças a ele obtive muito conhecimento na manipulação de dados por meio de arduíno. Inclusive, buscarei aplicar esse conhecimento em projetos de pesquisa futuros. As etapas aqui foram muito repetitivas, e julgo não ser necessário detalhá-las demais, por isso, termino aqui este tema.

Sobre a experiência com o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja), eu me surpreendi com o acolhimento. Após a viagem para Veneza, meu dinheiro se resumia em cerca de 30 euros para durar mais 20 dias em Portugal. Foi um sufoco, comprando apenas o mínimo necessário para cumprir algumas refeições no dia. Estando nessa situação, o atendente do restaurante universitário, o senhor Vital, sugeriu que eu tivesse uma entrevista com o responsável pelas senhas sociais, que dão direito a comer de graça. Então eu o fiz e, após explicar minha situação, o senhor Jerónimo, do setor de assistência social (SAS), me concedeu as senhas até o fim da estadia em Beja, apenas para o almoço. Ele me disse que os alunos do IPBeja que são atendidos, como alunos do Erasmus, podem receber direito a moradia estudantil, que custa cerca de 150 euros por mês. Este processo funciona muito pouco a distância, pois eu mesmo havia tentado este processo, porém, é altamente recomendável para quem for ao IPBeja realizar este processo presencialmente, pois o SAS te auxilia sempre que necessário.

Além disso, conheci uma ex-aluna do IFSC, que esteve em Beja também pelo Propicie, a Karina. Ela estudava no IFSC Câmpus Lages, e me contou que já estava há 5 anos no país, renovando o visto como estudante do IPBeja, e que estava terminando o mestrado e indo para o doutorado. Ela me auxiliou muito na reta final e viramos amigos por sermos de uma região muito próxima. Com ela, descobri muito da situação política em Beja. Ela e o professor João trabalham juntos, e ele me apresentou a ela. O professor João também me apresentou os doces conventuais de Portugal. Eles são doces feitos de ovos ou farinha, que não são tão doces comparados aos doces brasileiros, mas suaves e inesquecíveis. Planejo eventualmente voltar àquela cidade, com o objetivo de ficar.

Termino aqui este relato. Agradeço ao IFSC pela oportunidade, e espero que todo o relato tenha sido útil para a nossa instituição.

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As últimas semanas do intercâmbio

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 25 jan 2024 10:30 Data de Atualização: 25 jan 2024 10:30

De volta para o Brasil, Flávia Bueno Baraldi, nossa aluna da décima fase de Engenharia Elétrica do Câmpus Joinville, nos atualizou sobre suas experiências de viagem e pesquisa pela Europa durante seu intercâmbio pelo Propicie 20. Nesse último relato, ela nos contou mais sobre as oportunidades mais econômicas de trânsito entre as cidades da Espanha por companhias aéreas e sobre a produção do seu artigo finalizado e submetido para publicação em periódico internacional.

Veja a seguir como foi a finalização do projeto da Flávia na Universidade de Deusto, na Espanha, em suas últimas semanas de intercâmbio. 
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Hoje já escrevo esse relato do Brasil. De outubro para cá parece que o tempo voou e quando vi já estava na hora de voltar para casa. As últimas semanas foram muito intensas, regadas de muito trabalho e prazos a cumprir. Mas que, no fim, graças a Deus, deu tudo certo!

No mês de novembro trabalhei com foco nos resultados do projeto e fiz inúmeros testes para que pudéssemos ter material gráfico para compor o artigo iniciado. Conseguimos finalizar, já submetemos para publicação em uma revista internacional e, agora, aguardamos ansiosamente o resultado.

Em novembro também tive a oportunidade de visitar outras cidades e países. Na Europa existem companhias aéreas low cost onde é possível encontrar passagens muito acessíveis. Os horários dos voos não são dos melhores, mas pelo preço acaba compensando bastante. Por exemplo, paguei apenas 8 euros em uma passagem de Maiorca para Barcelona. Sim, a passagem aérea saiu mais barata que um lanche nas lanchonetes de rua.

Os voos low cost são um pouco diferentes dos convencionais, pois não existe serviço de
bordo gratuito e também existe restrição com relação às bagagens. Para conseguir passagens por valores mais baixos só é permitido levar consigo uma mochila, desde que caiba debaixo do assento da frente. Também é necessário ficar atento em relação aos procedimentos de check-in, pois variam de empresa para empresa, e o que é gratuito em uma pode não ser na outra. Segue algumas companhias aéreas low cost que utilizei dos serviços: Vueling, Ryanair e Easy Jet.

A geografia da Europa é muito favorável, o que torna possível viajar de um país para o outro
com facilidade. O aeroporto de Bilbao não opera com todas as companhias low cost, porém existem cidades próximas, como Santander e Victoria-Gasteiz que operam. Uma outra dica em relação às viagens é não pegar passagem de ida e volta da mesma origem/destino. Se você tiver alguns dias a mais, aproveite para fazer um roteiro mais longo com uma estadia de pelo menos 1 dia em cada cidade. Será cansativo, mas muito proveitoso. Passagens de ônibus também são bem em conta, então dependendo do destino vale mais a pena ir de ônibus por conta da flexibilidade com as bagagens.

Eu optei por viajar somente no final do meu intercâmbio por vários motivos, mas o principal
foi o medo. Confesso que estava muito insegura por estar em um lugar diferente e com pessoas desconhecidas. Porém, depois que fui pela primeira vez, tive a sensação de que deveria ter feito isso antes. Minha dica para quem irá nos próximos semestres e que tem esse desejo de conhecer outros lugares é deixar o medo e a insegurança de lado e ir. Tenho certeza de que valerá muito a pena. Existem lugares incríveis e que são de fácil acesso da cidade, então não perca essa oportunidade.

A comunicação, que era um dos meus maiores medos quando cheguei, virou um dos meus
maiores aliados. Posso dizer com certeza que meu inglês e espanhol melhoraram muito, coisa que possivelmente só com um curso de idiomas eu não iria alcançar. O espanhol, que eu tinha certa resistência, nos dias finais da viagem já estava conversando tranquilamente com lojistas e também na universidade.

O intercâmbio foi uma oportunidade única em minha vida! Voltei ao Brasil com o coração
em paz e com o sentimento de dever cumprido. Acredito que através dessa oportunidade irão surgir muitas outras. Além de todo o conhecimento agregado à minha carreira como futura engenheira eletricista, também pude crescer muito como pessoa. Obrigada IFSC e Universidade de Deusto pela oportunidade!

 

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Viagens e aprendizados na Europa

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 18 jan 2024 10:30 Data de Atualização: 18 jan 2024 10:30

Nossa estudante do Câmpus Florianópolis Juliana Hachmann, do Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, participou no último semestre do programa de intercâmbio do IFSC, o Propicie. Já de volta ao Brasil, Juliana nos enviou um relato com dicas de viagem e sobre sua participação em um projeto no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Confira a seguir como foi para a Juliana passar um semestre na cidade de Porto, onde ela participou do projeto Electronics and Informatics applied to Health Systems.

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Estou concluindo o período de intercâmbio muito grata e satisfeita pela oportunidade de participar de um estágio em outra instituição e por ter tido a experiência de morar por 3 meses em outro país. O curso Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, que estou fazendo no IFSC, é minha segunda formação, pois estou em um processo de transição de carreira. Ter participado do Propicie foi uma oportunidade muito importante, que enriqueceu minha experiência profissional nesta nova área que escolhi e que poderá também me auxiliar no processo de entrada no mercado de trabalho.

Sobre o projeto em si, nos dois últimos meses do intercâmbio, me envolvi com o desenvolvimento de uma funcionalidade de cadastro para um futuro aplicativo de uso médico. A princípio, pude me familiarizar um pouco com Angular e Typescript (framework e linguagem de desenvolvimento web) e boas práticas de responsividade. Embora trabalhar com o desenvolvimento de interface do usuário não seja meu principal objetivo profissional, é sempre muito interessante aprender um pouco sobre as práticas nesta área e também sobre novas linguagens e padrões de projeto. Neste processo, tive um contato valioso com um dos outros programadores do projeto, que teve o papel de me orientar, tirar dúvidas e foi o primeiro profissional com quem trabalhei na área. Com ele, pude aprender mais sobre arquitetura de software, ferramentas de versionamento e o fluxo de trabalho em equipe. Além disso, tive contato com tecnologias de informação específicas para a área da saúde, especialmente o padrão FHIR/HL7 e suas implementações.

Infelizmente, o projeto ainda estava no início e muitas das decisões principais não seriam tomadas unicamente pelo ISEP, sendo que muitas coisas ainda dependeriam de reuniões com equipe médica e a empresa responsável pelo desenvolvimento do hardware ao qual a aplicação web se integrará. Devido a isto, as demandas ainda eram incertas. Porém, o lado positivo é que havia tempo para experimentação e aprofundamento em conceitos, bem como espaço para pesquisa e outras aprendizagens. A equipe foi muito gentil e compartilhou o acesso ao código-fonte do projeto anterior (muito similar ao que está iniciando), o qual ainda utilizarei para estudos futuros.

Por sermos intercambistas, o instituto foi muito flexível em relação a horários, o que tornou possível aproveitar também a vivência cultural de morar em outro continente. Então nestes três meses, eu — e creio que todos os colegas que vieram — conseguimos nos organizar e aproveitar para viajar e conhecer outras regiões. Foi possível visitar desde grandes capitais a cidades “medievais” e pequenas aldeias portuguesas; tive também bastante contato com a natureza, fazendo caminhadas ou saídas com grupos de trilhas locais em lugares impressionantes em termos de natureza e patrimônio histórico! Sou muito grata ao IFSC pela oportunidade que, provavelmente, eu nunca teria de outra maneira.

Para finalizar o relato, vou deixar algumas dicas para quem quer tentar participar do intercâmbio e também para aqueles que já foram selecionados para as próximas edições. A língua inglesa é essencial, então, para quem tiver a possibilidade, que invista tempo para aprender, pois vai abrir muitas portas — não apenas em relação ao Propicie, mas em muitas outras oportunidades no futuro.

Outra dica é que antes de escolher o projeto, se possível, busque se informar sobre qual será o seu papel nele. Embora tenha aprendido muito no projeto do qual participei, pela descrição que constava no edital, imaginava que iria ter uma função bastante diferente e no início foi um pouco frustrante até conseguir ajustar a minha expectativa. Então, se possível, envie e-mails aos responsáveis nas instituições parceiras questionando sobre o estágio, para que você possa ter uma ideia mais detalhada do que seria o seu trabalho em cada um dos projetos que lhe interessam. 

Por fim, uma última dica, já para quem foi selecionado, seria em relação a se organizar para viagens e passeios que farão parte do seu intercâmbio. Há muitas possibilidades — desde fazer pequenos passeios locais, investir em curtas visitas a outros países, ou até mesmo uma pequena “Eurotrip” de 2 semanas, por exemplo (caso seu projeto ofereça esta flexibilidade de horários — busque se informar com o coordenador da instituição para onde você vai). Seja qual for o tipo de viagem que você planeja, minha dica seria: pesquise bastante sobre os locais, não deixe para a última hora, se planeje com antecedência (especialmente na compra de passagens e estadia), não perca oportunidades e busque aproveitar ao máximo esta experiência!
 

BLOG DOS INTERCAMBISTAS

Conhecendo de perto a cultura da Espanha

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 11 jan 2024 10:30 Data de Atualização: 11 jan 2024 10:30

Você sabia que alunos dos nossos cursos de ensino médio integrado também podem fazer intercâmbio? O estudante Eduardo Flach Prevedello, que cursa o segundo ano do Integrado em Eletromecânica no Câmpus São Miguel do Oeste, voltou em dezembro da cidade de Bilbao, na Espanha, onde participou do Propicie. Lá, ele fez parte do projeto Modelagem computacional de técnicas de manufatura aditiva, na Universidade de Deusto.

Veja como foi essa experiência no relato que o Eduardo nos enviou contando mais sobre a sua rotina e como foi a participação no projeto.

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Com esses 3 meses na Espanha, posso dizer que meu inglês melhorou muito, já que adquiri mais confiança para falar o idioma. Às vezes acontece de eu falar inglês sem querer com as pessoas do Brasil, devido ao costume de falar a língua. Também acontecia de misturar o português com o inglês quando falava com as pessoas de lá.


Quanto ao projeto, o objetivo é analisar o processo de Deposição de Metal a Laser (SLM) através de simulações de software, testando e comparando diferentes velocidades e técnicas de deposição no qual o processo é realizado. Felizmente, consegui realizar as simulações e obter resultados que vão contribuir para o relatório científico que está sendo desenvolvido.

Além de aprender e entender o processo de deposição de metal a laser, acredito que aprendi muitas outras coisas. Entendi como funciona um projeto de intercâmbio e projetos acadêmicos. Aprendi a desenvolver um relatório científico, aprendi a usar softwares DEM, entendi como é a cultura europeia e principalmente a espanhola. Com isso, posso concluir que um intercâmbio não é só um projeto, é uma experiência que te transforma, pessoal e profissionalmente.

Sobre minha rotina, eu acordava às 8h da manhã, que era dedicada a cuidar da minha saúde. À tarde eu ia para a universidade, que era longe, mas graças ao transporte público não tive dificuldades. A noite costumava realizar atividades do IFSC, ir para academia, que era do próprio alojamento e dormir em torno das 23h.

A comida foi um desafio. No lugar onde eu estava eles comiam num estilo bem americano, ou seja, muito fast food. Eu cozinhava porque não conseguia me acostumar com esse estilo.

Não foi a primeira vez que viajei para fora do Brasil, acredito que isso me proporcionou um pouco mais de conforto e segurança. Eu também já morava sozinho antes e acho que isso contribuiu para que eu me sentisse mais seguro, por já estar acostumado. Quanto à família, meus pais vieram junto comigo e passaram alguns dias em Bilbao, foi uma experiência muito boa. Depois que eles voltaram para o Brasil, conversava com eles diariamente e também conversava com meus amigos e namorada.

Para os que pretendem tentar o intercâmbio, minha dica é que se preparem com antecedência na questão de passagens aéreas, moradia e ter em mente que a bolsa fornecida talvez não seja suficiente para cobrir 100% dos gastos. Escolha um projeto que você se identifique. Por fim, apesar de ser uma experiência desafiadora, recompensa muito, não tenha medo de tentar.

 

BLOG DOS INTERCAMBISTAS

Aprendizados na Universidade de HAMK

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 04 jan 2024 10:30 Data de Atualização: 04 jan 2024 10:30

No último semestre, nosso estudante de Engenharia Elétrica do Câmpus Joinville, Elias Anzini Junior, esteve na Finlândia participando do Propicie. Durante esse período, ele desenvolveu um projeto na Universidade de HAMK, em Hämeenlinna, fez novas amizades e conheceu de perto a cultura Finlandesa.

Veja o relato sobre as experiências de intercâmbio do Elias e as dicas que ele dá para quem também tem interesse em realizar um intercâmbio.
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Realizei meu intercâmbio na universidade HAMK, em Hämeenlinna, no escritório de pesquisa e desenvolvimento HAMK SMART. O objetivo do projeto em que participei foi desenvolver e treinar um modelo de aprendizado de máquina que recebesse dados em grande escala disponíveis em uma ampla variedade de locais e horários e, com base nisso, produzisse uma estimativa de variáveis relevantes do ecossistema agrícola, incluindo dados de estoque de carbono. Em um primeiro momento desenvolvi um programa de coleta de imagens da região da Finlândia utilizando os satélites Copernicus. Depois, desenvolvi um modelo de GAN (Generative Adversarial Network) para geração de imagens, entretanto, devido ao curto período de tempo não obtemos modelos com resultados satisfatórios.

Devido à alta ocupação de estudantes intercambistas, as acomodações estudantis em Hämeenlinna estavam indisponíveis. Por isso, morei nas acomodações da universidade de HAMK em Lepaa. Esse imprevisto acabou gerando uma das melhores oportunidades que tive, já que pude viver com 5 estudantes intercambistas no mesmo apartamento e compartilhar experiências diárias com todos. Durante esse tempo desenvolvi grandes amizades internacionais, pois sempre estávamos viajando e participando de eventos juntos. 

Tudo foi muito desafiador para mim, através dessa oportunidade consegui desenvolver muito bem meu inglês através da vivência diária. A universidade de Lepaa, onde morei, tinha uma academia onde conheci novos gymbros para treinar junto. Todos os estudantes de Lepaa tratavam muito bem os alunos intercambistas, convidando-os para festas na sauna, no lago e até jogos de cartas em suas residências.

Na universidade HAMK em Hämeenlinna onde trabalhei, todos foram muito acolhedores. Foi uma grande oportunidade de desenvolvimento profissional, lá eu trabalhava de forma híbrida entre presencial e home office, eu tinha total liberdade para escolher.

O idioma oficial é o finlandês e o sueco, entretanto, a maioria da população sabe falar inglês. Por isso, não tive problemas com a comunicação. É impressionante como praticamente todos conseguem se comunicar em inglês. 

Sobre a culinária, no almoço tínhamos refeições baratas na universidade, já em outras refeições sempre busquei o mais barato para me alimentar, por exemplo, arroz, massas, batatas, ovos e algumas frutas. Vale ressaltar que o preço dos alimentos é praticamente o dobro do Brasil, então refeições à base de carne, que é o mais caro, eu evitava cozinhar. Uma bebida muito comum no Natal é o glögg, que é servido aquecido com gosto similar ao quentão brasileiro. Eles costumam comer pão no almoço e tomam muito café. Os cogumelos estão bastante presentes em suas refeições também.

Outra oportunidade interessante que o intercâmbio na Europa proporciona são os voos com preços baixos por companhias de baixo custo para outros países. Deste modo, se você realizar um planejamento antecipado, você consegue comprar passagens por 40 euros para Londres ida e volta (exemplo da que comprei). Tive a oportunidade de viajar para Inglaterra e Polônia através dessa companhia e via ferry fui para Tallinn, na Estônia.

Para viagens dentro da Finlândia, visitei as seguintes cidades: Hämeenlinna, Helsinque, Tampere, Turku e Rovaniemi. Não falarei de todas minhas experiências aqui, mas recomendo a visita em todas as cidades que citei, dentro de Tampere visite o museu dos games e para Rovaniemi compre uma passagem noturna de trem ANTECIPADAMENTE, pois os preços aumentam com o tempo e você não quer pagar caro para ver o papai noel. É impressionante a malha ferroviária VR da Finlândia, onde pude ir de trem para todas as cidades em que eu me interessei.

Falando sobre o clima da Finlândia, você não precisa se preocupar muito com roupas de frio. Uma jaqueta grossa, luvas, gorro e cachecol é suficiente. Os períodos de frio intenso são entre novembro e março. Então se você for fora deste intervalo provavelmente não precisa de muitas coisas e o resto se compara ao frio do sul do Brasil. Durante esse tempo que citei, que é o inverno, os dias tem duração curtíssima. Quando cheguei, em setembro, o sol ficava praticamente até 20 hrs no céu, e quando saí, em dezembro, o pôr do sol ocorria em torno das 16 hrs. Durante o inverno também é o período onde é possível ver a aurora boreal. Tive o prazer de conseguir ver, mas é difícil bater uma foto se o seu celular não possui câmera noturna, dependendo da intensidade.

Sobre a cultura finlandesa, eles possuem sauna em praticamente todo lugar. A maioria dos lagos possuem decks para mergulho. Além disso, todos me recepcionaram muito bem e foram bem acolhedores. Tanto a universidade em que morei em Lepaa quanto a que trabalhei em Hämeenlinna sempre oferecem eventos universitários para participar, como esportes, etc., vale a pena ir e conhecer mais pessoas. Além disso, lá sempre tem jogos de hóquei, que é extremamente popular na região, então vale a pena conferir também.

Falando no geral sobre minha experiência, tudo foi muito desafiador e gratificante. No final de tudo você tem o sentimento de prazer por ter enfrentado e vivenciado esse turbilhão de experiências. Certamente tudo colaborou tanto para o meu desenvolvimento tanto pessoal quanto profissional.

BLOG DOS INTERCAMBISTAS

Rotina e amizades na cidade de Porto

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 28 dez 2023 10:30 Data de Atualização: 28 dez 2023 10:30

Para inspirar sonhos para o seu próximo ano, trouxemos mais um relato de intercâmbio de uma das nossas alunas que foi este ano para Portugal através do Propicie. A Renata Digsasz de Araujo, aluna do Técnico em Química do Câmpus Jaraguá do Sul, realizou um projeto no Instituto Politécnico do Porto (ISEP) durante o último semestre de 2023 e contou sobre essa experiência para nós enquanto ainda estava em intercâmbio.

Conheça as diferenças culturais e curiosidades que ela percebeu durante seu período em Portugal, assim como um pouco da rotina e novas amizades que ela fez por lá.
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Minha família ficou feliz por mim quando descobriram que eu havia sido aprovada no PROPICIE e se colocaram à disposição para me ajudar com o que fosse necessário e possível. Eu inicialmente fiquei surpresa, mas conforme se aproximava do dia da viagem, passei a ficar ansiosa e com medo de vir, principalmente por ter medo de viajar de avião.

Apesar de não ter sido a primeira vez que eu viajei de avião, foi a primeira vez que realizei uma viagem internacional/intercontinental e é também a primeira vez que moro sozinha. Mesmo há mais de 8000 km de distância de casa, não senti muita diferença aqui, talvez porque minha cidade é tão segura quanto a cidade do Porto, por questão da língua ser muito similar, pela a arquitetura ser parecida com a de alguns lugares em que já vivi ou pelo meu círculo social ser composto praticamente por brasileiros. Ainda assim há muitas diferenças consideráveis, como a existência do metrô, o transporte público no geral, os pontos turísticos e a quantidade de pessoas de diferentes nacionalidades que se encontram aqui, etc.

Sobre as coisas que são diferentes aqui, eu poderia começar falando da língua, que de igual tem só o nome, pois o sotaque e o significado das palavras são muito diferentes, fazendo com que seja difícil a comunicação inicialmente, mas que após um período de adaptação se torne mais fácil. Outras coisas que são diferentes aqui são o valor dos alimentos, que desconsiderando a cotação, são bem mais baratos no Brasil, o que significa que aqui o poder de compra é um pouco maior. Algo que eu gostei de ver por aqui é a organização política das pessoas, que é bem diferente da minha cidade. Os alimentos tradicionais daqui são maravilhosos, a francesinha e o Pastel de Nata foram alimentos que me surpreenderam positivamente.

Anteriormente citei que estou morando sozinha pela primeira vez. Apesar de ser razoavelmente independente e conseguir satisfazer minhas necessidades quando necessário, me encontrei um pouco perdida nessa cidade, considerando que os produtos disponíveis são diferentes daqueles existentes no Brasil e que eu não sei cozinhar e tenho preguiça de cozinhar. Ao perceber algumas dessas dificuldades, principalmente aquelas relacionadas à alimentação, tomei a decisão de ir me consultar com a nutricionista do ISEP, que me auxiliou com minhas questões e me ajudou a planejar as minhas refeições. Apesar disso, geralmente almoço no ISEP, por conta da praticidade.

Antes de comentar minhas rotinas, gostaria de fazer uma observação sobre os amigos que fiz aqui, pois me aproximei majoritariamente de brasileiros, alguns que vieram para realizar a Dupla Titulação e outros que vieram para fazer o Propicie, como eu. Aos finais de semana geralmente nos reunimos e realizamos algum tipo de programa de lazer, como ir à praia ou visitar lugares turísticos por Portugal. Nos dias de semana, além de planejar o que será feito nos finais de semana, minha rotina se baseia em vir à instituição, ir à academia e voltar ao Hostel em que estou hospedada.

Uma das coisas que eu percebi de cara quando vim para a universidade pela primeira vez foi a roupa que alguns alunos usam. Aqui existe uma cultura da praxe (conhecida como trote por nós), na qual os alunos se vestem de forma parecida com os personagens de Harry Potter (na verdade, seria o contrário) e utilizam colheres gigantes, que é o símbolo da praxe, e realizam algumas atividades com os calouros.

Minha atuação no projeto tem a parte prática e a parte teórica. Na parte prática eu auxilio a preparar algumas soluções ou amostras, a preparar os reagentes do HPLC e afins. Na parte teórica eu leio alguns artigos sobre o projeto e também faço o desenvolvimento de um artigo sobre o projeto. O objetivo é qualificar e quantificar os poluentes orgânicos que são absorvidos pelos bombeiros durante o trabalho e o treinamento. Inicialmente foi um pouco difícil de entender o projeto ou qual seria minha função dentro dele, pois alguns dos métodos utilizados eu ainda não havia visto, mas conforme fui trabalhando e lendo sobre o projeto, mais fácil ficou de assimilar e entender os métodos utilizados.

Creio que essa experiência vem sendo muito enriquecedora de forma pessoal e profissional, apesar da distância da família e do choque cultural. Ter a chance de realizar o intercâmbio nesse momento me fez conhecer a mim mesma de uma forma muito mais profunda, visto que estou distante de toda a vida construída para mim no Brasil. Assim sendo, sou muito mais capaz de entender e descobrir meus pontos fortes e fracos. Se eu pudesse dar uma dica para alguém que pensa em vir para cá, meu conselho seria apenas para que a pessoa tentasse mesmo, e que viesse com a cabeça aberta, disposta a conhecer a cultura do lugar, as comidas, entre outros. Mas o ideal é vir com muito planejamento financeiro também, pois como as coisas são "baratas" você acaba gastando às vezes mais do que deveria, sem perceber.

BLOG DOS INTERCAMBISTAS

Pela primeira vez longe da família

BLOG DOS INTERCAMBISTAS Data de Publicação: 21 dez 2023 10:30 Data de Atualização: 21 dez 2023 10:30

Para muitos intercambistas, a experiência de estudar em outro país significa pela primeira vez morar longe da família. Esse foi o caso do Miguel Philippi Araújo, nosso aluno do Técnico Integrado em Eletrônica do Câmpus Florianópolis, que participou do Propicie 20. No relato que ele nos enviou em Outubro, ele contou sobre os aprendizados pelos quais ele passou ao participar no projeto Electronics and Informatics Applied to Health Systems (INNO4HEALTH) no segundo semestre deste ano.

Leia o relato do Miguel e conheça um pouco mais sobre como é participar de um projeto no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), em Portugal.
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Embora a língua falada em Porto seja o Português, devido ao dialeto, sotaque e tom de voz serem diferentes, algumas vezes eu tenho dificuldade em entender e preciso que as frases sejam repetidas. Como na residência estudantil que eu vivo, a maioria dos estudantes são estrangeiros, preciso estar constantemente falando inglês, especialmente com meus colegas de apartamento. Normalmente conseguimos conversar tranquilamente em inglês, ainda que encontremos alguns empecilhos durante conversas por esquecermos das palavras. Estou aproveitando também a oportunidade para tentar aprender algumas palavras em francês e espanhol com meus colegas de apartamento.

Os outros estudantes que tive mais contato fora do âmbito acadêmico com quem eventualmente criei amizade foram alguns colegas do meu apartamento, outros residentes do lugar onde estou morando e os outros intercambistas do IFSC. Apesar de já ter feito programas com todos, os que tenho maior costume de sair junto são minhas colegas de apartamento, ainda que eu tenha uma viagem marcada para Madrid com os outros intercambistas. Meus amigos da residência consistem igualmente de Europeus e Sul-Americanos, incluindo pessoas da Bélgica, Espanha, Uruguai, Brasil e até mesmo Liechtenstein.

Acredito que as três coisas que mais me causaram estranhamento foram: o tom de voz da maioria dos portugueses, que falam extremamente baixo, a um ponto que é complicado entendê-los caso você não esteja virado diretamente para eles; a vestimenta utilizada pelos alunos do segundo ano da universidade, que se trata de um uniforme tradicional com uma longa capa preta; e a duração dos trotes universitários dos “caloiros” (como são chamados em Portugal), que ocorrem todo dia por mais de um mês.

Como estou em mobilidade de pesquisa, acabei não tendo nenhuma aula, portanto não posso opinar na didática dos professores na sala de aula, porém consegui perceber uma certa distância até mesmo durante a coordenação de projetos, já que eu estou recebendo pouca orientação.

O objetivo do projeto é criar uma série de dispositivos de monitoramento inteligente de saúde, utilizando sensores e algoritmos inteligentes. Nesse projeto minha função seria trabalhar com o hardware desses sensores, porém até agora não tive nenhuma função atribuída à mim, sendo meu tempo reservado somente para o estudo do uso de sensores e microcontroladores.

As maiores dificuldades que encontrei foram a falta de atividades nesse primeiro momento, a falta de recursos e a falta de orientação para atividades. Fui alocado a uma sala comum, e não um laboratório de eletrônica, logo não tenho acesso a instrumentação, preciso percorrer todo um processo para conseguir componentes limitados e ainda aguardo a chegada dos sensores oficiais para estudo desde o final do mês passado (setembro). Sobre a orientação para atividades, nenhum dos professores do GECAD, meu departamento, tem envolvimento com o hardware ou firmware do projeto, fazendo com que eu precise tirar minhas dúvidas na internet.

Consegui utilizar esses primeiros momentos do projeto para aprofundar meus conhecimentos em programação, especialmente a linguagem C e Javascript, das quais tive que aprender o básico quando ainda me estava atribuída a função do desenvolvimento front-end. Além disso aprendi mais sobre o uso de microcontroladores e sensores com uma parte de teoria dos sensores também, embora eu acredite que não fosse necessário meu envolvimento no projeto para tais aprendizados.

Estou morando em uma residência estudantil chamada LIV Student Campus Street, que se situa bem próxima à instituição de ensino. Consegui alugar um quarto na residência em um tipo de apartamento chamado cluster, no qual oito pessoas compartilham uma cozinha e sala de estar comum, embora tenham suítes privadas. Aluguei quando eu ainda estava no Brasil, reservando online. Minha rotina hoje consiste somente em acordar, me arrumar para sair, tomar café da manhã, passar o dia na universidade, depois retornar para casa, ir à academia da residência, cozinhar meu jantar e depois participar um pouco em atividades de lazer antes de me preparar para dormir, deixando todas as tarefas domésticas para o domingo.

Apesar de almoçar no restaurante universitário, tenho que cozinhar o jantar pelo menos a cada dois dias. Todos meus colegas de apartamento cozinham, porém são poucas as vezes em que fazemos comida juntos, deixando para ocasiões especiais. A comida aqui é muito menos baseada em carne de gado, porém mesmo no restaurante universitário é bem saborosa. Fui positivamente surpreendido pelo estrogonofe deles e acredito que esse prato esteja batalhando com o empadão de bacalhau pela posição de meu prato predileto. Na janta eu costumo cozinhar pratos simples e parecidos, então não há nada de impressionante sobre eles.

Como sempre tive apoio dos meus pais para realizar intercâmbio, eles ficaram extremamente contentes quando descobriram que eu fui aprovado no programa e me ajudaram em todas as etapas de preparação da viagem, até mesmo viajando comigo na primeira semana. Já havia viajado anteriormente para a Europa, então a experiência acabou não sendo tão assustadora. Como é minha primeira experiência morando sozinho e não tendo nenhum conhecido em uma cidade nova, foi um pouco difícil no começo e as saudades estavam insuportáveis, porém conforme fui me acostumando e criando novas amizades aqui, ficou mais fácil lidar com a distância, conquanto eu troque mensagens quase diariamente com amigos e familiares no Brasil e faça chamadas de vídeo semanais com meus pais.

Busque destaque acadêmico, seja somente nas aulas ou projetos de pesquisa e extensão. Não se contente com o pouco e tente se lançar à novas experiências sempre que possível, pois isso que irá lhe abrir portas para essas oportunidades.
 

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